domingo, julho 23, 2017

FBF: Atrasos, desorganização e falta de inscrição adiam Intermunicipal



A notícia não surpreende os presidentes de Ligas do Interior, pois não é a primeira vez, mas deixou a maioria atônita e os pegou desprevenidos porque ficaram sabendo às vésperas de embarcarem, grande parte deixando família e afazeres pessoais antes da maratona do maior campeonato amador do futebol Mundial sem nada ganhar, que já foi “glamoroso” e não servia de trampolim ou necessidade imperiosa para ganhar eleição, quando há, na FBF.
Sem a certeza de poder participar com equipe completa – titulares e reservas – pela indefinição de apoio das Prefeituras, que banca a maioria das Seleções, a Federação Bahiana de Futebol, que praticamente não dá o suporte adequado às Ligas, mas não esquece que votam no próximo ano já que prefere gastar por ano R$ 650 mil com escritórios de advocacia e outros R$ 850 mil com publicidade apesar de não ter torcida nem vender produto,  adiou por uma semana o Congresso Técnico e o início do Intermunicipal de 2017.
Se alguns dirigentes ficaram aliviados porque sem estrutura nem apoio da Prefeitura, e muito menos da FBF que somente momentos antes da bola rolar “colabora minimamente” com as Ligas, outros ficaram irritados, mas não podem demonstrar indignação temendo retaliações.
Apesar de ter 7 meses para organizar, a cúpula diretiva da Federação não conseguiu tal feito, como aconteceu com a Segunda Divisão do Baiano deste ano que ia ter 10, depois 7 e acabou disputada por 5 equipes com vergonhosa média de 211 pagantes por jogo. (Em breve reportagem completa sobre a 2ª Divisão).
O anúncio foi por meio do site da FBF, nunca atualizado e, por isso, pouco acessado, já que a maioria das Ligas sequer tem acesso à internet, mas até essa sexta-feira, 21, havia dirigentes que não foram informados já que sequer receberam um telefonema.
Apesar disso e da “desorganização que assola a cúpula diretiva da FBF”, o Intermunicipal pela dedicação, denodo e capricho de “briosos desportistas do Interior da Bahia”, deve, mais uma vez, ser um sucesso.
O vazamento de uma tabela nos grupos de Whats’App supostamente saída de pessoas que fazem parte da competição, também não foi bem visto no Palácio dos Esportes, ou na sede da FBF.
A transmissão de alguns jogos pela TVE, televisão do Estado da Bahia, apesar das limitações de sinal principalmente no Interior, empolga as cidades que terão os jogos na tela, mas há questões ainda a serem solucionadas.
Resolvidas todas essas pendências, inclusive porque 2018 vai ter eleição com chapa concorrente na Federação Bahiana depois de décadas, o Intermunicipal precisa voltar a dar glamour às cidades e às torcidas, revelar árbitros,  assistentes e jogadores para o Mundo, como é o caso de Liedson, que começou na Seleção de Valença, e não no Poções como documento expedido pela FBF, que depois refez por ordem da Fifa e da CBF. Essa “grande falha” resultou em processo na Justiça Comum que, por preclusão ou atraso no trâmite, acabou não punindo ninguém.
Assim, as 50, 60 ou mais Seleções que participarem da competição, devem abrilhantar o Intermunicipal que não entra no ranking da CBF (onde da FBF caiu do 6° para o 9° lugar desde 2002), não contribuiram para o fim do Programa Sua Nota É Um Show (outra perda da atual gestão que prejudica até hoje os clubes), mas revela árbitros que podem aparecer para o cenário, embora nos últimos 15 anos tenhamos definhado no quadro nacional (já tivemos 4 apitando a Série A). Hoje, restam Jaílson Macedo Freitas (formado na época de Virgílio Elísio) e, de vez em quando, Marielson Alves.
Que permitam que a bola role para o interior fazer a festa do futebol para alegria de quem faz do esporte um lazer.
Yancey Cerqueira
Radialista – DRT/BA 06

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