domingo, julho 09, 2017

Mercado de prostituição do Rio e Sampa vive seu pior momento, mulheres de programas de luxo “rifam” encontros.



Em tempos de crise, até o trabalho mais antigo do mundo precisa se reinventar. Prostitutas de luxo do Rio de Janeiro e de São Paulo estão tendo que lidar com a escassez de clientes dispostos a pagar valores mais altos pelos serviços. Nem só o mercado de luxo, porém, passa por apertos.
As meninas da Vila Mimosa, zona de prostituição do Rio de Janeiro, enfrentam uma realidade ainda pior: sua clientela foi embora da cidade. Com isso, elas precisam buscar trabalho em outros lugares. A acompanhante de luxo paulistana Yasmin Bergamin resolveu rifar seus serviços pelo preço de R$ 30 por aposta. São cem números e o sorteio vai de acordo com os da loteria federal — ela ainda faz promoções de 2 números por R$ 50 e 3 por R$ 80. Dessa forma, o cliente leva um serviço que valeria R$ 3 mil por um centésimo do valor, e ela não perde um real com isso.
A paulista tatuada Valentina Valente é crítica à atitude. Passando uma temporada no Rio, ela conta que começou no ramo já durante a crise, há um ano. Ela cobra R$ 400 por hora.
— Eu iniciei em um momento de crise, mas acho complicado isso das meninas fazerem rifas. Assim, elas não estão só desvalorizando o trabalho delas, mas também o de outras garotas. A desvalorização do trabalho nem sempre é uma escolha, mas sim uma condição. Uma influente personagem da Vila Mimosa conta que, desde que as crises política e financeira se instalaram no país, o negócio no local está caindo.
— O problema é que a Vila Mimosa depende de peão. Como as obras pararam, o local esvaziou e as garotas estão tendo problemas para achar programa — conta ela, que preferiu não se identificar. — Agora, elas estão no meio da pista, topando fazer trabalhos dentro do carro mesmo por R$ 20, R$ 30. Muitas garotas que conheci por aqui foram embora, viajaram para Belo Horizonte, para o mundo. O perfil da carioca Gabi está num site de classificados de acompanhantes. Ela trabalha há cinco anos no ramo e se queixa de que, quando começou, era muito mais fácil achar trabalho.
— Senti um pouco a crise, o movimento deu uma caída. O último mês foi muito difícil, cheguei a perder alguns clientes que eram fixos — explica. — Os valores sempre são negociados. Na contramão, Rafinha começou a fazer programa há seis meses, por falta de trabalho formal. Antes, ela era atendente de telemarketing. Agora, segundo ela, sua condição financeira melhorou. — Agora, eu cobro R$ 150 a hora e estou recebendo um retorno financeiro positivo. // Extra


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