sexta-feira, novembro 03, 2017

Conheça Florisvaldo, o delegado mais impopular da Bahia



Cerca de 1.500 moradores de Piripá fazem procissão para pedir saída de chefe de polícia.
Quando o delegado Florisvaldo Nery da Cruz chegou à pacata Piripá, no Sudoeste baiano, em maio de 2006, ele pensava em fazer amigos e realizar o trabalho com apoio da sociedade civil e do Governo do Estado.
Contudo, mais de dez anos se passaram e ele, hoje com 64 anos, virou para boa parte dos 12 mil moradores da cidade ‘persona non grata’, alguém que muitos querem longe do cargo que ocupa.
Nomeado em 2003, o delegado Florisvaldo passou a atuar em Piripá em maio de 2006 depois de comandar as delegacias de Cordeiros e Guajeru, ambas no Sudoeste, e com pouco mais de 8 mil habitantes cada uma.
                  
                                                          Delegado Florisvaldo está desde 2006 no comando da polícia em Piripá
Ele mesmo quem pediu transferência, pois achava, na época, que era melhor atuar em uma unidade da Polícia Civil vinculada à 10ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), sediada em Vitória da Conquista, como é a de Piripá.
“A delegacia de Guajeru é vinculada à 20ª Coorpin, de Brumado, e ao menos na época era muito desestruturada, funcionava em local improvisado, era uma casa alugada. Já a Corpin de Vitória da Conquista é outra coisa, bem melhor”, comentou, em conversa com o CORREIO.
Logo ao chegar em Piripá, o delegado Florisvaldo conta que passou a investigar supostos atos de corrupção do então prefeito Jeová Barbosa, que já foi condenado pela Justiça Federal por fraudes diversas na administração pública local.
Jeová não foi localizado para comentar sobre a relação dele com o delegado, que atribui a pessoas ligadas ao ex-prefeito, e ao atual grupo político que comanda a cidade, um protesto que destruiu a delegacia na madrugada de terça-feira (31).
O delegado já foi removido do cargo quatro vezes (em 2007, 2013, 2014 e 2015), sendo transferido para outra cidade, porém, conseguiu reverter a situação na Justiça em 2016, após conseguir liminar (decisão temporária).
Em favor dele, o delegado tem o Ministério Público do Estado (MP-BA), autor, em 2014, de uma ação civil pública contra o Governo da Bahia, julgada procedente em 2015. A ação determina, dentre outras coisas, que o Estado forneça estrutura de pessoal e material para que o delegado possa exercer as funções. Com informações do Correio 24hs.

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