sexta-feira, dezembro 15, 2017

Município de Itagi não terá 13º salário para agentes políticos


Olival Andrade Júnior, prefeito de Itagi, se opôs ao pagamento de 13º salários aos políticos do município (Foto: Divulgação)

Em Itagi (a 209 km de Salvador), o prefeito Olival Andrade Júnior declarou que os políticos do município não irão ter o 13º salário, que foi um benefício concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) aos prefeitos, vice-prefeitos, secretários e vereadores. O gestor declarou que vai abrir mão do pagamento por conta das dificuldades financeiras que os pequenos municípios estão passando:
Estamos vivendo uma crise sem precedentes: crise política, moral e ética. Sobretudo, por parte dos políticos, muitos deles sem a sensibilidade necessária para entender as dificuldades financeiras dos pequenos municípios. Por isso e em respeito ao povo que vive em dificuldades não concederei o 13º salário aos Agentes Políticos.
Um dos organizadores do movimento “Cidade muda, não muda”, Hendrik Aquino declarou que o problema não foi a decisão do STF, e sim, a aprovação desta medida pelos vereadores de vários municípios do estado:
O STF decidiu pelo direito, o que não quer dizer que os vereadores devam aprovar, principalmente porque diversos direitos dos cidadãos, muitos deles trabalhadores, sequer saem do papel.
Aquino relembrou que muitas prefeituras, por exemplo, alegam não ter recursos para pagar rescisões trabalhistas.
No último dia 8 de dezembro, foi publicado no Diário Oficial do município de Lauro de Freitas, a Lei 1.711/2017, autorizando o pagamento de 13º salário e 1/3 de férias para agentes políticos. Instantaneamente, um movimento contra esta medida foi criado nas redes sociais. Hendrik Aquino falou sobre a indignação popular:
Criamos um grupo no Facebook e estamos coletando assinaturas através de um abaixo assinado online. Caso os vereadores não recuem, vamos entrar na justiça. Não é razoável que em plena crise e quando serviços públicos básicos estão sofrendo cortes de recursos em todo o país, vereadores que ganham mais de R$12 mil priorizem seus interesses em detrimento de necessidades da população. Em Lauro de Freitas os vereadores tem 4 meses de férias por ano. Em um mês ganham o que a maioria dos trabalhadores levaria mais de um ano para ganhar. E ainda querem mais? É desrespeito com o povo.
O objetivo desta mobilização é fazer com que algumas câmaras municipais não aprovem a medida e que as que já aprovaram, revejam suas posições. Para os interessados em apoiar o movimento, pode entrar em contato através do grupo “Cidade muda, não muda”, no Facebook.
Burburinho News

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