O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou nesta quinta-feira (3) o registro de candidatura de Marco Marchi (PSD), o mais votado a prefeito no dia 2 de outubro em Itupeva (SP). Marchi recebeu 13,4 mil votos, o que equivale a 49,44% dos votos válidos.
“Isso é tirar a vontade popular da cidade, sendo que a gente venceu a eleição em uma campanha limpa, ganhando votos no corpo a corpo. Infelizmente eu fui surpreendido com isso”, lamenta Marchi.
A Corte Eleitoral aceitou por unanimidade o recurso da coligação "Construindo Itupeva do Presente e do Futuro", do candidato Ricardo Bocalon (PSB), o segundo mais votado na cidade, com 12,3 mil votos. O pedido da candidatura foi negado por conta da rejeição de contas públicas de Marchi.
Em 2005 e 2006, Marchi era o presidente da Câmara Municipal da cidade. Ele autorizou o pagamento de verbas extras para os vereadores e dobrou o próprio salário. Na ocasião, ele teve as contas rejeitadas em 2009 pelo Tribunal de Contas do Estado e precisou devolver o dinheiro recebido a mais. Com isso, ficou inelegível por oito anos por má gestão de verba pública.
Para o relator do recurso, o ministro Henrique Neves, as contas foram rejeitadas porque "houve pagamento a maior para os vereadores". O ministro também lembrou que o candidato já teve o registro indeferido em 2014 pelo TSE, devido à mesma rejeição de contas, que, segundo a legislação, deixaram Marchi inelegível por oito anos.
Segundo o TSE, Bocalon - o segundo candidato mais votado - não assumirá automaticamente a prefeitura a partir do ano que vem. O tribunal irá analisar, caso a caso, a possível realização de eleições suplementares.
Marco Marchi, de Itupeva, teve o registro da candidatura cassado (Foto: Reprodução/You Tube)
G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário