Uma operação das policias militar e civil chegou na tarde desta segunda-feira (2) à Fazenda Esmeralda, em Itapetinga, que faz parte do “espólio” dos Vieira Lima e não encontrou mais o grupo que invadiu a propriedade de Geddel e Lúcio Vieira Lima no sábado (23).
Ao blog Políticos do Sul da Bahia chegou a informação de que a Polícia Militar vai continuar as buscas pelos “invasores”. O patrulhamento na região continuará reforçado para evitar que a fazenda seja novamente ocupada.
O sindicato Rural de Itapetinga enviou um comunicado à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) ainda no dia 28 de setembro cobrando medidas para que as terras fossem desocupadas.
Afirmavam que o “julgamento das condutas atribuídas ao ex-ministro é de prerrogativa e competência exclusivas do Poder Judiciário, não cabendo neste momento, a quaisquer outras esferas, emitir qualquer juízo de valor.
O texto enviado a CNA traz outra informação intrigante. Nela, os representantes dos sindicatos afirmam: cabe também alertar às autoridades competentes que se instalou um quadro de verdadeira revolta entre todo o segmento dos produtores rurais da região. Muito já estão em franca prontidão para repulsa incontinenti à mínima ameaça às suas propriedades, o que pode gerar um cenário de conflito em região que, desde sua origem, sempre viveu ordeira e pacífica.
Embora termine com ordeira e pacífica, o recado não é velado. Por franca prontidão se entende o que se diz. Capaz, de qualquer ato para coibir invasão. Um alerta claro de que “ordeira e pacífica” também pode ser entendida como preparada para o combate.
Um dia depois do envio do documento à CNA, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB) enviou um ofício ao governador Rui Costa cobrando medidas.
A força-tarefa desta segunda não encontrou ninguém do local. Não há informações sobre homens armados também. O fato é que o clima na região está tenso e há ameaça direta de que conflito armado como se vê em outras regiões do país onde há intensos embates entre fazendeiros, grileiros, ambientalistas, sem terras e índios.
Nos últimos anos na Bahia, o município de Buerarema e cidades no entorno vivenciaram momentos complicados entre índios, falsos índios, fazendeiros, pequenos agricultores. Mortes, ameaças, incêndios, roubos, sequestros passaram a fazer parte da rotina de quem mora na regão.
B.News
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