segunda-feira, outubro 16, 2017

Sobe para 276 número de mortos em atentado com caminhões-bomba na Somália



Um atentado com dois caminhões-bomba cometido neste sábado (14) em Mogadíscio, na capital da Somália, matou pelo menos 276 pessoas e deixou mais de 300 feridas, segundo informações da agência de notícias Associated Press. O ataque é o pior já ocorrido na história da Somália, considerando o número de mortos, que ainda pode aumentar.
A explosão foi próxima ao Safari Hotel e a um movimentado mercado da cidade. Os hospitais estão superlotados de feridos e há falta de medicamentos e bolsas de sangue. Segundo a Agência Efe, a imprensa local e analistas creem que o grupo jihadista Al Shabab, ligado à Al-Qaeda, está por trás do atentado. O grupo não se manifestou.
O presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Mohamed, decretou três dias de luto nacional. De acordo com a imprensa somali, a maioria dos mortos eram civis, principalmente vendedores ambulantes. O diretor do Hospital Madina, Mohamed Yusuf Hassan, disse que ficou chocado com a escala do ataque. "Setenta e dois feridos foram internados no hospital e 25 deles estão em condições graves. Outros perderam as mãos e as pernas na cena", afirmou.
"O que aconteceu ontem foi impressionante, eu nunca algo assim antes. Inúmeras pessoas perderam suas vidas." A Somália é um dos países que mais registram ataques terroristas no mundo. Os integrantes do grupo Al Shabab tentam derrubar o governo central apoiado pela ONU e pela União Africana. São constantes os ataques a bases militares e alvos civis.
O país vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado. Isso deixou o país sem um governo efetivo e em mãos de milícias radicais islâmicas, senhores da guerra que respondem aos interesses de um clã determinado e grupos armados.
Em julho deste ano, o país africano apareceu na lista dos 10 países que concentram 75% dos ataques terroristas no mundo. O estudo foi do Consórcio Nacional para o Estudo do Terrorismo e Reações ao Terrorismo, um "centro de excelência" do Departamento de Segurança Interior do governo dos Estados Unidos localizado na Universidade de Maryland. G1

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