terça-feira, dezembro 05, 2023

Adolescente morre ao ser baleada em meio à disputa indígena

Uma menina de 13 anos morreu na tarde desta segunda-feira (4), após ser atingida por um projétil, durante um tiroteio na comunidade indígena de Cacique Doble, município no Noroeste do Rio Grande do Sul, a cerca de 320 quilômetros de Porto Alegre, próximo à divisa com Florianópolis.

Outras duas pessoas ficaram feridas, também vítimas de disparos de armas de fogo. Uma adolescente de 15 anos levou dois tiros – um no punho e um na perna –, e teve de ser levada para o Hospital São José, em São José do Ouro, onde segue internada, com quadro estável.
A outra vítima, um rapaz de 23 anos, foi atingido em uma das pernas. Atendido no mesmo hospital que a adolescente, ele recebeu alta médica por volta das 10h desta terça-feira (5).

Segundo fontes oficiais consultadas pela Agência Brasil, a ocorrência se insere em um conflito entre moradores da Terra Indígena de Cacique Doble que já se arrasta há mais de um ano.
Em agosto de 2022, quatro indígenas moradores da reserva foram baleados. Em setembro, o Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou o deslocamento de efetivos da Força Nacional para a região, com o objetivo de apoiar ações da Polícia Federal (PF) em áreas de usufruto indígena.

No fim de outubro, a Polícia Federal realizou a Operação Menés, para “reestabelecer a ordem pública e apurar a autoria e circunstância de sucessivos crimes graves cometidos em virtude da disputa pela liderança da Terra Indígena Cacique Doble”.
Na semana passada, a própria prefeitura publicou um decreto municipal determinando a suspensão de shows com aglomerações em espaços públicos, “para fins de prevenção da segurança dos munícipes”.

A medida, que não se aplica a eventos privados, foi uma reação a uma briga entre grupos indígenas rivais, durante a abertura da 22ª edição do Natal Luz e Paz de Cacique Doble. Ao menos 12 pessoas ficaram gravemente feridas e tiveram que ser levadas a hospitais próximos. Parte da programação do tradicional evento foi cancelada.

“A festa de Natal já tinha dado problema devido ao conflito entre dois grupos indígenas que disputam a liderança entre si”, reforçou o promotor de Justiça Guilherme Augusto de Oliveira Montenegro, do Ministério Público estadual (MP-RS), explicando que, por tratar-se de uma questão envolvendo povos indígenas, o assunto está a cargo do Ministério Público Federal.
Tocanews



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