As gangues estão fortemente armadas, mas também estão equipadas com tecnologia de alto nível, como drones. O nível de violência não tem precedentes. As quadrilhas aparentemente querem matar o máximo de pessoas que puderem. Elas estão em uma campanha de medo na qual querem parecer tão assassinas e violentas quanto possível. Vimos imagens de chefes de gangues comendo pessoas que mataram. Vimos imagens de pessoas sendo torturadas quando foram sequestradas", declarou sob anonimato o jornalista ao "Daily Express US".
"O canibalismo não é generalizado, mas é definitivamente uma indicação do agravamento da situação. Realmente acontece em algumas ocasiões", emendou ele.
A violência assola Porto Príncipe há anos, mas a situação se agravou drasticamente depois que as gangues passaram a exigir a renúncia do primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry. Alguns chefes dos principais grupos criminosos, incluindo o notório Jimmy Cherizier, mais conhecido como Barbecue, ameaçam declarar guerra civil se Henry, que se abrigou em Porto Rico, não deixar o poder no país caribenho. Henry está no poder desde o assassinato do presidente Jovenel Moïse, em julho de 2021.
O estado de emergência foi declarado no país depois que gangues atacaram duas prisões, libertando muitos criminosos. Acredita-se que 80% da capital haitiana é controlada por criminosos de diferentes facções, que estão organizando ataques violentos a instituições importantes.
"Você também vê ataques a delegacias. Em 28 de fevereiro, uma delegacia foi atacada. Os policiais ficaram lá por três horas clamando por socorro e, depois disso, vimos imagens de policiais sendo cortados por facões sendo compartilhadas nas redes sociais", contou o jornalista.
"O Haiti está vivendo uma situação totalmente caótica neste momento. É um caos total em todos os lugares, especialmente na capital, onde estou agora", acrescentou ele.
F. Extra
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