Feira de Santana, a segunda maior cidade da Bahia, é um importante polo econômico e cultural do estado. No entanto, a cidade se destaca atualmente por um motivo alarmante: a violência crescente. Segundo o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, Feira de Santana está entre as dez cidades brasileiras com as maiores taxas de mortes violentas, refletindo uma realidade preocupante que assola a Bahia como um todo.
Pelo terceiro ano consecutivo, a Bahia é o estado com o maior número de mortes violentas intencionais no Brasil, registrando 6.578 ocorrências no ano passado. Este número supera as somas de São Paulo e Minas Gerais, os dois estados mais populosos do país. A pesquisa destaca homicídios dolosos, latrocínios, lesão corporal seguida de morte e feminicídios como os principais crimes que contribuem para esses índices alarmantes, conforme publicação do site Correio
Apesar de uma ligeira redução nas ocorrências entre 2022 e 2023, o estado ainda apresenta uma taxa de 46,5 mortes violentas a cada 100 mil habitantes, ficando atrás apenas do Amapá. A média nacional é de 22,8 mortes a cada 100 mil habitantes, evidenciando a gravidade da situação na Bahia.
Entre as cidades baianas mais afetadas pela violência, destacam-se Camaçari, Jequié, Simões Filho, Feira de Santana, Juazeiro e Eunápolis. Jequié, inclusive, foi apontada como a cidade mais violenta do país pelo Atlas da Violência deste ano, que utiliza uma metodologia diferente, baseada em dados do DataSUS.
Renato Sérgio Lima, presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, associa a maioria das mortes violentas ao tráfico de drogas. Este é um problema recorrente em muitas regiões da Bahia, onde organizações criminosas disputam territórios e promovem uma escalada de violência que afeta diretamente a população.
Em resposta a essa crise, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP) afirma estar investindo constantemente em tecnologia, inteligência, equipamentos e capacitação das forças de segurança. A SSP destaca uma redução de 13% nas mortes violentas no primeiro semestre de 2024, apontando que os meses de maio e junho deste ano tiveram os menores índices de violência desde o início da série histórica, em 2012.
Além disso, nos últimos 18 meses, ações de inteligência e repressão qualificada resultaram na prisão de 27 mil criminosos, na localização de 88 líderes de facções e na apreensão de 9 mil armas de fogo, incluindo 95 fuzis.
Blog Central de Polícia, com informações do Correio e foto reprodução arquivo
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