terça-feira, agosto 13, 2024

Caso Emanuel Oliveira: pai da vítima cobra que suspeito vá a júri popular

O jovem Emanuel de Oliveira Lima Leite foi assassinado e esquartejado aos 19 anos, no povoado de Umbaúba, zona rural de Cardeal da Silva. A vítima havia desaparecido em 20 de abril de 2023 e teve o corpo encontrado quase um mês depois, no dia 17 de maio.

O principal suspeito do crime é um educador, antigo professor de química da vítima. Segundo Lucílio Alves Leite, pai de Emanuel, foi ele quem indicou o local do corpo, que estava próximo a um campo de futebol.
Na versão dada pelo investigado, ele e Emanuel estavam juntos, usando drogas, quando o jovem teve uma overdose e morreu. Diante disso, o professor afirmou ter tentando esconder o corpo, o esquartejando e enterrando.
No local do crime foram descobertas duas covas rasas: uma contendo o tronco, a cabeça e os braços do jovem, e a outra contendo as pernas.

Inicialmente, o investigado chegou a ser preso pelo crime, mas foi solto em 20 de dezembro de 2023, por falta de provas contra ele. Contudo, o laudo do exame de necrópsia saiu em janeiro de 2024, apontando que Emanuel morreu em decorrência da hemorragia provocada pelo seu esquartejamento. Dessa forma, a perícia concluiu que ele ainda estava vivo. 

“De acordo com o titular da DT de Cardeal da Silva, delegado Luís Enock Passos Souza, o laudo pericial necroscópico, finalizado em janeiro deste ano pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), constatou que a morte de Emanuel foi em decorrência da hemorragia do seu esquartejamento, configurando crime de homicídio”, disse a Polícia Civil (PC) ao BNews, em nota.
Diante da descoberta, foi solicitado o mandado de prisão preventiva contra o investigado. Ainda segundo a nota encaminhada pela PC, o homem passou por exames de corpo de delito no DPT e segue custodiado à disposição do Poder Judiciário. A prisão teve o apoio da Coordenação de Apoio Técnico à Investigação (CATI/Sertão) da 1ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), daquele município.

Pai pede por júri popular

Procurado pelo BNews, Lucílio Alves Leite afirmou que luta para que o investigado responda pelo crime em júri popular. O pai também declarou acreditar que o professor não agiu sozinho, por isso, solicita que a polícia investigue quem seria essa suposta terceira pessoa.
Eu peço às autoridades que divulguem essa história. É o que eu estou esperando há um ano e cinco meses. Estou até agora esperando resposta. [...] Eu estou cobrando, pois quem sente a dor é quem chora. Eu quero uma resposta! Que ele vá a júri popular e pague por tudo que ele fez.”
Emocionado, o pai afirmou nunca acreditar na versão inicial do investigado, de que o filho morreu após usar drogas. De acordo com Lucílio, seu filho era uma pessoa tranquila e não consumia nenhum tipo de entorpecente.

“Meu filho nem droga usava, nem bebida tomava. Era um menino que só frequentava a igreja e o colégio e era querido por toda a cidade de Cardeal da Silva. [O caso] Abalou a cidade”, concluiu.
F. Bocão News 

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