A soltura de Lucas Ferraz, acusado de matar o metalúrgico Jacivaldo Pereira Gomes, de 44 anos, em 15 de novembro de 2023, causou indignação e revolta na família da vítima. O dentista foi liberado do Conjunto Penal de Feira de Santana na manhã desta terça-feira (27), após uma ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, que concedeu Habeas Corpus ao acusado através do advogado Joari Wagner. Ele havia sido preso no dia 27 de novembro do ano passado e agora responderá ao processo em liberdade até a data do julgamento.
O crime ocorreu após uma colisão de trânsito na Avenida Eduardo Fróes da Mota, em Feira de Santana. Jacivaldo, que estava acompanhado da filha de 8 anos e do neto de 2 anos, foi atingido por um disparo no abdômen após uma discussão com o condutor do outro veículo, que se identificou como policial e apontou uma arma para a cabeça da vítima. Apesar dos apelos para que não houvesse violência, Lucas Ferraz atirou, resultando na morte do metalúrgico. Jacivaldo foi levado ao Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), onde faleceu na mesma noite.
Em entrevista ao repórter Denivaldo Costa, da Rádio Subaé, Tatiane Pereira, irmã da vítima, expressou sua indignação com a decisão judicial. “É muito revoltante você viver uma situação dessas. Meu irmão era um trabalhador, pai de família. Não tem nem nove meses que isso aconteceu, e ele [o acusado] já está solto. Fico me perguntando: se fosse com um familiar de uma das pessoas que liberaram ele, como seria? Como eles agiriam? O meu sentimento é de revolta, e eu não vou me calar. Pretendo organizar manifestações para que esse crime não fique impune”, declarou Tatiane.
A filha de Jacivaldo, Alana, de 24 anos, que presenciou o assassinato do pai, que foi baleado da frente da filha de 8 anos e do sobrinho de 2 anos. “Nós pedimos para ele não atirar, que o prejuízo seria pago, mas ele não teve compaixão e tirou a vida do meu pai”, relatou Alana na época do crime. Relembre o depoimento.
A família, que ainda vive o luto pela perda de Jacivaldo, enfrenta dificuldades emocionais e financeiras e membros da família segue com acompanhamento psicológico devido ao trauma.
Tatiane finaliza, prometendo que continuará a lutar para que o responsável pela morte do seu irmão seja punido e que a justiça seja feita.”Estamos todos machucados, ainda vivendo o luto, e não vamos nos calar. Pretendo organizar manifestações em Feira de Santana até que a justiça seja feita. É inadmissível que em menos de um ano alguém que tirou a vida de outra pessoa já esteja em liberdade,” declarou, enfatizando que a luta pela justiça continuará.
Blog Central de Polícia, com informações do Subaé Noticias (Denivaldo Costa) e fotos arquivos
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