Polícia Civil elucida desaparecimento de professora em Camamu

O trabalho investigativo das equipes da 5ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Valença) solucionou o mistério envolvendo o desaparecimento da professora Ariane Lima dos Santos, de 37 anos. Ela havia sido vista pela última vez em 25 de junho na cidade de Camamu, no baixo sul da Bahia.

No último sábado (27), parte do corpo desmembrado da vítima – tronco, cabeça e membros superiores -, foi localizado por um caçador, já em adiantado estado de decomposição, em uma cova rasa nas imediações do quilômetro 23, BA-001, na localidade conhecida como Jiribatuba, no município de Vera Cruz. O principal suspeito de ser o autor do crime é o ex-companheiro da vítima, com quem Ariane tinha um filho de cinco anos de idade. 

Passo a passo 

Com base em imagens de câmeras de segurança, os investigadores recriaram os últimos momentos da professora, que, um dia após o desaparecimento, telefonou para um parente relatando que estava sendo mantida em cárcere privado pelo suspeito, em um sítio da região. Com essas informações e o depoimento de familiares sobre uma relação marcada por agressões e medo, a Polícia Civil solicitou a prisão temporária do acusado, a qual foi prontamente concedida pela Justiça.

Durante o aprofundamento das investigações, o acusado começou a apresentar contradições em seus depoimentos, o que levou a polícia a descobrir objetos que podem ter sido utilizados no crime, incluindo um revólver municiado com apenas um projétil deflagrado e uma motosserra que pode ter sido usada para esquartejar a vítima. Esses itens estão sendo submetidos à perícia para confirmar sua ligação com o crime. Além disso, cães farejadores do 23º Batalhão de Polícia Militar indicaram que o acusado esteve no local onde os restos mortais foram encontrados.

Crimes 

“O trabalho dos nossos investigadores foi impecável com todas as peças do xadrez devidamente encaixadas. Com agilidade e eficiência prendemos o suspeito apenas oito dias após o desaparecimento da vítima e agora, menos de um mês depois do sumiço da professora, representamos pela sua prisão preventiva com toda materialidade do crime”, pontua o Coordenador da 5ª Coorpin, delegado José Raimundo Neri Pinto.

Com base na robustez das provas, o Ministério Público denunciou o acusado pelos crimes de feminicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver, posse ilegal de arma de fogo e cárcere privado. Além desses crimes, o homem também enfrenta acusações de estupro de uma adolescente em Camamu.

F. Midia Bahia