De acordo com as investigações, um dos presos foi responsável por intermediar a venda das armas da empresa para uma organização criminosa na Bahia. O outro suspeito, funcionário da loja, realizou o transporte do armamento que foi vendido de forma ilícita, afirma a Polícia Civil.
No último dia 19, o dono da loja de armas Tiago Henrique Nunes de Lima passou a ser investigado por comunicação de falso crime. Ele está preso.
O crime foi comunicado à polícia pelo proprietário após suspeitos entrarem na loja por buracos feitos na parede, segundo primeiro depoimento. À época, a polícia seguia a linha de que esse grupo era responsável pelo furto das armas, a maioria de grosso calibre.
Durante as investigações, quatro pessoas foram presas por supostamente arquitetarem a invasão. Um deles é Thiago Braga Martins, apontado pela polícia como autor intelectual da invasão à loja de Ceilândia. À polícia, Thiago disse que não havia armas dentro do cofre e, por isso, não houve roubo.
Suposto roubo
Em junho deste ano, o dono da loja Delta Guns, em Ceilândia, comunicou o roubo de 100 armas, a maioria de grosso calibre. Revólveres, pistolas e carabina estavam entre os objetos furtados.
À época, os suspeitos que alugaram uma loja que divide a mesma parede pelos fundos do comércio eram os principais suspeitos da Polícia Civil. Buracos na parede foram feitos para que eles entrassem na loja e arrombassem a sala-cofre onde estava o arsenal. Foram quebradas duas portas de ferro e um cofre pequeno.
O proprietário do comércio avisou a polícia do furto na segunda-feira, dois dias após o grupo entrar no local. A PM disse que, no dia do crime, não houve registro de chamado de equipes. O crime só foi comunicado após o dono da loja receber uma ligação do dono da imobiliária, que aluga o espaço pra ele.
A loja, segundo o dono, tinha 17 câmeras de monitoramento, alarme, sensor de presença, de vibrações. Na época do crime, os investigadores disseram que as câmeras de segurança do local foram levadas pelos suspeitos. O comércio não tinha compartilhamento em nuvem dos vídeos e nem um sistema de backup, segundo a polícia.
De acordo com o Exército – que é o órgão responsável pela fiscalização e autorização de venda de armamento no Brasil –, a loja tem as licenças necessárias para a comercialização de armas. No começo de junho, o local foi fiscalizado e não foi encontrada nenhuma irregularidade.
Informações do G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário