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CV cobra pedágio de R$10 mil para candidatos a vereador no Nordeste de Amaralina
Publicado por
Redação
25 de setembro de 2024 às 21:07
atualizado há 1 hora
A facção Comando Vermelho (CV) está cobrando R$10 mil para os candidatos a vereador que desejam fazer campanha nos becos e vielas do Nordeste de Amaralina. O Informe Baiano conversou com diversos políticos na segunda-feira e nesta terça (25/09). A maioria confirmou e pediu anonimato.
“Onde a facção que domina o bairro é CV, é isso aí. Chegou ao limite, estamos reféns do tráfico. Isso já vem acontecendo há um tempo e agora estourou. O valor é de R$10 mil. Não há uma forma de acessar os becos e vielas. Se não pagar, tem que ficar nas ruas principais”, desabafou um candidato A, que não será identificado por questões óbvias.
Um segundo candidato, também sob anonimato, revelou que “eles chegam de forma ostensiva, patrulhamento mesmo, exigindo”.
“Abismado. Até quem mora na região está assim. É raro o caso que eles não procuram o problema. Acontece barreiras, não permitem que vá em determinadas localidades, pois já fecharam com alguém”, complementou.
Por fim, um terceiro candidato a vereador fez um apelo: “coloque mesmo essa reportagem para chamar atenção, pois a gente não pode denunciar”. O político disse ainda que “agora a gente vai ter que colocar esse custo da campanha”. “É um estado paralelo”, finalizou.
Na última segunda-feira (23/09), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) foi questionado sobre a influência da facção CV nas eleições municipais. Jerônimo garantiu que “todos os procedimentos de alguma denúncia, de imediato a SSP trata; então tá tratando, eu não entro nos meandros, é inteligência. Então, portanto, eu quero garantir que tudo que vier de denúncia será tratado e cuidado”.
O governador disse ainda que já deixou “muito claro, já diversas vezes, ao meu secretário Marcelo Werner, quanto ao meu comandante da Polícia Militar e a Polícia Civil, que não abstraiam de qualquer ação”. Também voltou a alertar para outro problema, o da politização das forças policiais, ao qual reforçou sua política de tolerância zero.
F. IB
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