De acordo com a delegada Graziela Zanelli, plantonista que atendeu o caso durante à noite de ontem (15), a suspeita é de que a mulher tenha cometido o assassinato com o objetivo de fingir que ela era a mãe da criança.
O desaparecimento de Paula havia sido reportado à polícia pela família na segunda-feira (14), à noite.
Na ocasião, a suspeita teria chamado a vítima até a casa dela com a promessa de doar um carrinho de bebê. A família de Paula morava no mesmo condomínio da investigada. “Tudo leva a crer que [o crime] foi extremamente premeditado”, defende a delegada.
Na noite desta terça-feira, a polícia foi chamada para ir até o Grupo Hospitalar Conceição, na capital gaúcha, onde, de acordo com a equipe médica, uma mulher teria alegado que tinha entrado em trabalho de parto, o que era incompatível com os exames que foram feitos na paciente em questão.
Depois do chamado, ao chegar na casa da suspeita, a investigação encontrou o corpo de Paula embalado em cobertores e saco plástico, embaixo da cama da suspeita.
Paula apresentava duas lesões na cabeça e uma lesão no abdômen, por onde o corpo do bebê foi retirado. De acordo com a perícia, a demora na retirada do bebê do corpo da mulher pode ter ocasionado na morte do feto. Ainda não se sabe qual instrumento foi utilizado para matar a vítima.
Na moradia da suspeita, a polícia encontrou o quarto onde o assassinato aconteceu limpo, o que indica que a mulher teria feito a limpeza para não deixar vestígios do crime.
Na sala de casa, ela teria forjado o nascimento da criança e, logo depois, chamado uma vizinha pedindo por ajuda. A Polícia não identificou outras pessoas que possam ter colaborado no crime.
Para a delegada, “havia uma determinação [da suspeita] de que ela teria uma criança, independente de quem fosse”.
Desde agosto, a suspeita tinha convencido familiares, incluindo o marido, e amigos de que estava grávida. De acordo com o esposo dela, ela tem dois filhos, mas já teria perdido bebês anteriormente e era frustrada em relação a isso.
Outros fatos indicam a premeditação. Segundo a polícia, a suspeita abordou a vítima no dia do próprio aniversário, com intuito de que a criança nascesse no mesmo dia que ela.
Além disso, a aproximação da vítima com a mulher aconteceu apenas no final da gestação. A família de Paula desconhecia a amizade das duas.
A presa, que já foi indiciada pela Polícia Civil, optou por permanecer em silêncio durante depoimento. O marido dela foi ouvido pela investigação, mas já foi liberado.
Ainda não há informações sobre ela ter tentado atrair outras mulheres para cometer o mesmo crime. Agora, o material apreendido na casa deve ser periciado.
F. CNN Brasil
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