A morte de um soldado do Exército do Rio de Janeiro tem chamado a atenção devido a algumas incongruências dos fatos. Vitor Santos de Sá Regalo, 19 anos, morreu ao efetuar um disparo contra a própria cabeça. O óbito ocorreu no dia 30 de julho no pátio do 5° Centro de Geoinformação, no centro da capital fluminense.
Ocorrida há três meses, a morte de Vitor chama a atenção pelas versões apresentadas. O Exército afirma que o soldado surtou após brigar com a namorada pelo telefone, pegou a arma de um superior, correu cerca de 15 metros, municiou a pistola e atirou na própria cabeça.
Porém, conforme apurou o portal Uol, a namorada de Vitor nega que tenha discutido com o jovem antes do ocorrido. Os pais dele também alegam que o jovem estava bem, não tinha motivos e nem aparentava indícios de querer tirar a própria vida.
A suspeita da família é de que Vitor tenha sido vítima de um homicídio dentro do quartel. Um mês antes da morte, ele havia se desentendido com o dono da arma utilizada após uma partida de futebol no Aterro do Flamengo. Essa é a mesma hipótese defendida pela Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro, que está prestando auxílio jurídico aos pais do jovem.
“Querem 'entubar' para a gente que meu filho se suicidou. A conta não fecha. O que ocorreu foi um assassinato que o Exército está tentando acobertar.”, disse Diego Regalo, pai de Vitor.
O dono da arma é o terceiro-sargento Yuri Proença Gonçalves, que em depoimento, afirma que por volta das 16h55 daquele dia, estava em sua sala na companhia de um soldado, além de Vitor. Foi então que ele puxou a arma do coldre de Yuri e saiu correndo. O terceiro-sargento afirma que tentou correr atrás dele para detê-lo, mas caiu e se machucou. O soldado então municiou a arma e atirou em sua própria cabeça.
A pistola foi levada ao BPE, Batalhão de Polícia do Exército junto com um carregador, uma munição deflagrada e seis munições restantes.
Foram chamados 20 militares para testemunhar sobre o caso, parte deles confirmou que ocorreu a briga de Vitor com a namorada, corroborando para a versão de suicídio.
Porém, segundo o pai de Vitor, mensagens de WhatsApp enviadas no dia da morte foram apagadas do celular, como também todas as fotos postadas no Instagram foram removidas. Diego informou ao Exército que o perfil do jovem permaneceu ativo até às 13h30 do dia seguinte ao falecimento.
F. Bocao News
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