quarta-feira, novembro 20, 2024

Saiba quem era o estudante de medicina morto por PM durante abordagem

O jovem Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, morreu na madrugada desta quarta-feira (20) após ser baleado por um policial militar em um hotel na Vila Mariana, em São Paulo. De acordo com os agentes, que foram afastados, o estudante de medicina deu um tapa no retrovisor da viatura antes de ser perseguido e alvejado.

Conhecido pelos amigos como "Bilau", Marco Aurélio estudava na faculdade Anhembi Morumbi e chegou a gravar músicas com o nome artístico "MC Boy da VM". Ele publicou duas músicas, em 2022 e 2023, em uma plataforma de streaming musical.
O estudante fez uma publicação em seu perfil no Instagram cerca de trinta minutos antes de morrer. Ao lado de amigos, ele escreveu: “Não quero ser melhor que ninguém, só melhor que ontem. Forte abraço da parte do MC Boy da VM.”
Em nota, a Associação Atlética Acadêmica de Medicina Anhembi manifestou pesar pelo falecimento de 'Bilau". "Neste momento de imensa dor, nos solidarizamos com seus familiares, companheiros de time e colegas, que perderam não apenas um companheiro de jornada, mas também um amigo. Que sua memória seja sempre lembrada com carinho e que sua trajetória inspire a todos nós", diz o comunicado.

Abordagem


Uma câmera de segurança mostra o momento em que Marco Aurélio entra correndo em um hotel onde estava hospedado, na Vila Mariana. Um PM surge logo atrás dele, e puxa o jovem pelo braço, com a arma em punho. 

Na sequência, o estudante consegue se desvencilhar, mas é chutado por outro policial. O rapaz segura o pé do agente, se desequilibra e cai para trás. Nesse momento, o PM armado dá um tiro à queima-roupa no jovem.

A vítima foi socorrida e levada ao Hospital Ipiranga, mas morreu após sofrer duas paradas cardiorrespiratórias.
Conforme o registro da ocorrência, os policiais faziam patrulhamento na Rua Cubatão, por volta das 2h, quando o estudante passou pela viatura e deu um tapa no retrovisor do veículo, fugindo para o hotel onde estava hospedado.

Os policiais alegaram que o rapaz estava "alterado e agressivo" e que ele resistiu à abordagem. Eles afirmaram ainda que Marco Aurélio "tentou subtrair" a arma de um dos agentes.

O caso foi registrado no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Os policiais militares envolvidos na ação prestaram depoimento e foram afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações.
F.Bocão News 

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