O homem julgado por tentativa de feminicídio e agressão contra a paisagista Elaine Caparroz, em 2019, não pode ser responsabilizado pelo crime de acordo com informações da Justiça do Rio. Para a 7ª Câmara Criminal, que julgou o caso em 2ª instância, o motivo é que Vinícius Batista Serra cometeu as agressões devido a comportamentos violentos causados por parassonia, um tipo de distúrbio do sono.
É uma sensação devastadora, pois cada vez mais no Brasil nós vemos a impunidade", disse Elaine em entrevista ao G1.
O acórdão, publicado no dia 25 de outubro, também determinou que o acusado não vai precisar pagar a indenização de R$ 100 mil pedida pela vítima. A advogada que representa Elaine já disse que vai recorrer da decisão nos tribunais superiores, e que pode ir ao Tribunal Penal Internacional.
No texto, o desembargador Joaquim Domingos afirma que, apesar da agressão ter sido constatada e Vinícius ter assumido que cometeu o crime, ele é considerado "inimputável" (que não pode responder pelos crimes cometidos).
A decisão ainda determina que Vinícius continue com um tratamento ambulatorial, indo a uma unidade de saúde uma vez por mês e tomando remédios para sua doença, e que seu caso poderá ser reavaliado. Dependendo do resultado, ele poderá ser internado em uma unidade psiquiátrica.
Imagina que esse criminoso quase tirou a minha vida, destruiu meu rosto, fraturou as minhas áreas orbiculares, fraturou costelas, perfurou meu pulmão, me deu cinco mordidas, me causou insuficiência renal e anemia profunda. Fui parar na UTI por dias, fiquei com sequelas psicológicas, pois passei a ter síndrome do pânico", completa Eliane.
F.g1
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