Na última sexta-feira (10), Francisco de Assis Almeida, de 40 anos, tornou-se mais uma vítima da brutalidade da guerra entre facções criminosas e milícias no Rio de Janeiro. Natural de Conceição do Almeida, no recôncavo baiano, e criado em Feira de Santana, Francisco estava a caminho da igreja no bairro de Bangu quando foi executado por integrantes do Comando Vermelho.
De acordo com informações preliminares divulgadas pelo site Metrópoles, a vítima, que trabalhava como auxiliar de serviços gerais, foi confundida com milicianos por estar usando roupas pretas, típicas de evangélicos em retiros religiosos. Francisco havia se mudado para o Rio de Janeiro há um ano e quatro meses em busca de melhores condições de vida. Antes de sair de casa naquela noite, ele chegou a enviar um áudio para um tio, informando que estava se preparando para um retiro da igreja.
Francisco era um homem trabalhador e religioso, e sua morte chocou familiares e amigos. Seu corpo está no Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro, e sua família enfrenta agora um grande desafio: arrecadar R$ 9 mil para realizar o traslado do corpo para sua terra natal, em Conceição do Almeida, onde deseja enterrá-lo.
Uma vaquinha solidária foi iniciada pelos parentes para viabilizar o transporte e o sepultamento do corpo. A mobilização tem contado com o apoio de amigos, vizinhos e da comunidade evangélica, que reconhecem o sofrimento da família diante dessa tragédia.
A morte de Francisco de Assis Almeida é um reflexo da violência crescente que assola o Rio de Janeiro, onde a vida de inocentes tem sido ceifada por erros, preconceitos e a escalada de conflitos entre facções. Sua história, marcada por fé e trabalho, deixa um legado de tristeza, mas também de união na tentativa de dar a ele um último adeus em sua terra natal.
Como ajudar
Quem puder contribuir com a vaquinha solidária para o traslado e sepultamento de Francisco pode entrar em contato com os organizadores através do número. Toda ajuda será bem-vinda para aliviar o sofrimento dessa família enlutada.
Redação Sapeaçu na mídia
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