Tubarão morde turista que tentava tirar foto com ele em ilha paradisíaca do Caribe

Uma turista que tentava fotografar um tubarão em águas rasas em uma praia nas Ilhas Turks e Caicos, no Caribe, foi mordida pelo animal e levada às pressas para receber cuidados médicos, disse o governo local. A turista passou por tratamento em um hospital antes de deixar a ilha, Providenciales, um destino famoso entre mergulhadores que é cercado por águas azul-turquesa.O tubarão tinha cerca de 1,8 metro de comprimento, de acordo com o governo de Turks e Caicos, mas sua espécie não foi oficialmente confirmada.

A turista havia "tentado se envolver com o animal" em um esforço para tirar fotos dele antes de ser mordida. O caso ocorreu em 7 de fevereiro, disse o Departamento de Meio Ambiente e Recursos Costeiros em Turks e Caicos, em um comunicado divulgado neste sábado pela mídia internacional.

A identidade da vítima não foi imediatamente divulgada, e as autoridades não detalharam a extensão de seus ferimentos. Tabloides britânicos apontaram que a mulher teria perdido as duas mãos em decorrência do ataque.A praia chegou a ser fechada, mas reaberta em 9 de fevereiro depois que o tubarão foi encontrado em águas mais profundas, de acordo com o departamento local de meio ambiente. Turks e Caicos, um arquipélago, é um território britânico e um dos destinos turísticos mais chiques do Caribe.

Mordidas de tubarão são extremamente raras e geralmente são acidentes, dizem os especialistas. Mas os tubarões podem causar ferimentos graves quando confundem humanos com presas.

Caso raro

Em todo o mundo, houve 88 mordidas de tubarão confirmadas ou casos em potencial registrados no ano passado pelo Arquivo Internacional de Ataques de Tubarão da Universidade da Flórida, uma organização que rastreia dados de animais desse tipo.

Vinte e quatro mordidas foram "provocadas", o que significa que um humano iniciou o contato com o tubarão, de acordo com a organização. Quatro pessoas morreram nestas circunstâncias. Uma das mordidas registradas no ano passado foi em Turks e Caicos, mas não foi fatal.

O diretor do arquivo, Gavin Naylor, disse no sábado que era muito cedo para dizer se a mordida deste mês em Turks e Caicos foi provocada ou não.

Mas Chris Stefanou, um pescador e conservacionista de Nova York que rastreia tubarões, disse que fotografar os animais pode trazer riscos, e que o tubarão pode ter confundido um telefone com um peixe.

— Tubarões, ou qualquer animal predador no oceano, podem confundir isso como um peixe, uma isca — disse Stefanou, referindo-se aos peixes pequenos e brilhantes que atraem tubarões para a costa. — O tubarão não viu apenas um humano: 'Ooh, estou com fome, quero dar uma mordida.' Isso não aconteceu.

O episódio não foi a única mordida de tubarão relatada no Caribe em 7 de fevereiro. Dois americanos ficaram feridos no que parecia ser um encontro com tubarões na Baía de Bimini, no norte das Bahamas, de acordo com a Força Policial Real das Bahamas.

Naylor disse que duas mordidas em um dia na região eram incomuns. Não estava claro se havia alguma nova tendência a ataques. O número de mordidas de tubarão não provocadas confirmadas caiu para 47 no ano passado, ante 69 no ano anterior, de acordo com o Arquivo Internacional de Ataques de Tubarão.

F.O Globo