“Vou pedir a vocês um pouco de responsabilidade. Nós estamos mexendo no comando geral de polícia, eu não ouvi nenhum comentário sobre isso. Nem com meu secretário eu tratei disso”, declarou o governador. Segundo ele, as decisões sobre a reforma administrativa estão sendo tomadas com cautela, levando em conta não apenas as demandas estaduais, mas também o cenário político nacional e as articulações do presidente Lula.
Jerônimo destacou que está aguardando a conclusão da reforma ministerial do governo federal para avançar na reorganização do secretariado estadual. Ele ressaltou que é necessário levar em conta as alianças políticas e o impacto dessas mudanças nas eleições de 2026.
“Eu tive em Brasília, conversei com o presidente Lula. Ele está construindo esse cenário. Imaginem o movimento que isso gera por conta da relação partidária. Temos a possibilidade de um diálogo mais intenso com o PDT, e o PP já declarou que na Bahia as decisões serão tomadas aqui. Como posso oferecer uma secretaria sem que haja uma definição clara dessas movimentações?”, explicou.
O governador também reforçou que a escolha de nomes para cargos estratégicos precisa ser bem alinhada para garantir o funcionamento eficiente da gestão.
“Preciso de uma pessoa que tenha meu ritmo, assim como André [Curvello] teve com Rui [Costa]. Tem que ser uma sintonia, como em uma dupla de rádio, onde um já sabe o que o outro vai falar. Na Casa Civil, na SEPLAN, na SAEB, tem que ser assim”, afirmou.
Sobre a Segurança Pública, Jerônimo enfatizou que qualquer mudança será feita de maneira cuidadosa e estratégica. Ele destacou que a permanência dos atuais comandantes será mantida enquanto houver confiança em seu trabalho.
“O coronel continua até a hora que eu entender que ele tem feito um bom exercício de segurança pública, assim como a delegada. Na hora que for preciso, vou chamar e comunicar. Não trato de reforma da Segurança Pública de maneira pública, porque sabemos quantas pessoas aguardam qualquer fragilidade”, disse.
O governador também reforçou que, no início de sua gestão, optou por manter a continuidade do trabalho iniciado por seu antecessor, Rui Costa, mas que mudanças podem ocorrer quando necessário.
“Quando convidei o secretário Marcelo, eu disse: ‘Esses cargos aqui você indica, agora esses são meus’. Eu precisava dar uma continuidade sem quebrar o que Rui vinha fazendo. Mas, na hora que for preciso, a decisão será tomada”, concluiu.
*Com informações do repórter Rafael Marques
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