Saúde frágil e internação prolongada
Hospitalizado desde fevereiro no Gemelli, em Roma, Francisco enfrentou uma infecção polimicrobiana antes de ser diagnosticado com pneumonia bilateral, condição que compromete a oxigenação do corpo. Mesmo debilitado, manteve participação simbólica em atividades religiosas, mas precisou cancelar aparições públicas, incluindo a tradicional oração dominical na Praça São Pedro.
Um papado de contradições e avanços
Francisco herdou uma Igreja abalada por escândalos de abuso sexual e perda de fiéis. Sua abordagem descontraída e inclusiva renovou esperanças, mas também gerou resistências. Ele permitiu bênçãos a casais homoafetivos e incluiu mulheres em cargos de decisão, mas manteve a proibição à ordenação de sacerdotisas.
Crítico ferrenho da desigualdade, adotou o nome de São Francisco de Assis e fez da pobreza tema central de seu pontificado. Em discursos, condenou guerras, a crise de refugiados e a indiferença global, chegando a rezar sozinho na Praça São Pedro durante a pandemia.
O que vem pela frente
O Vaticano ainda não divulgou detalhes sobre o funeral, que deve atrair milhões de fiéis. Enquanto isso, cardeais se prepararam para o conclave que elegerá o 267º papa – em um cenário de desafios como a secularização e divisões internas. Francisco deixa uma Igreja mais aberta a diálogos, mas ainda em busca de respostas para dilemas do século XXI. Seu legado, como ele mesmo diria, será julgado “pela misericórdia”.
F. Blog do Marcelo
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