Buriti Alegre, uma tranquila cidade no sul de Goiás, amanheceu em luto nesta segunda-feira (5) após a chocante notícia da morte de Igor Araújo, um adolescente de 17 anos brutalmente assassinado dentro de casa. O crime, cometido pela própria mãe da vítima, chocou a comunidade e trouxe à tona a gravidade de transtornos psiquiátricos não tratados de forma adequada.
Segundo informações da Polícia Militar, o crime aconteceu enquanto Igor dormia. A mãe, cuja identidade não foi oficialmente divulgada, utilizou um machado para atacar o filho. Após o assassinato, ela permaneceu na residência e foi presa em flagrante. A Polícia Civil, responsável pela investigação, revelou que a mulher sofre de depressão severa e outros transtornos mentais, estando em tratamento psicológico. Apesar disso, não havia registro de histórico de violência doméstica na família.
O corpo do jovem foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para necropsia, e a suspeita será submetida a avaliação psiquiátrica para determinar sua responsabilidade penal e a necessidade de internação compulsória. A motivação exata do crime ainda não foi esclarecida, mas vizinhos relataram que a mulher apresentava comportamento instável há meses, o que levanta dúvidas sobre a efetividade do acompanhamento médico que recebia.
Igor Araújo era um jovem muito querido em Buriti Alegre. Descrito por amigos como afetuoso, educado e dedicado à família, ele costumava demonstrar publicamente seu amor pela mãe nas redes sociais — postagens que hoje emocionam e revoltam os moradores da cidade.
“Era um menino cheio de vida, sempre sorridente. Ninguém consegue entender como isso aconteceu”, disse uma vizinha, abalada, que preferiu não se identificar.A tragédia comoveu a população, que se uniu em mensagens de apoio e homenagens nas redes sociais e em vigílias pela memória do jovem. O Conselho Tutelar e a Secretaria de Assistência Social do município foram acionados para oferecer suporte psicológico à família e à comunidade.
O caso levanta um importante alerta sobre os riscos de negligenciar a saúde mental. Especialistas alertam que, quando não tratadas com a devida seriedade, doenças como a depressão profunda podem levar a quadros extremos e imprevisíveis.
“Transtornos mentais graves não tratados adequadamente podem evoluir para situações drásticas, especialmente em momentos de crise emocional intensa. É essencial que a família, os serviços públicos e os profissionais estejam atentos aos sinais”, explica a psicóloga Ana Ribeiro.
A investigação continua e deve apurar, além da dinâmica do crime, possíveis falhas no acompanhamento médico e social da suspeita. Enquanto isso, Buriti Alegre tenta lidar com o luto coletivo e a difícil tarefa de compreender uma tragédia tão devastadora.
F. FA NOTÍCIAS
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