domingo, maio 18, 2025

Vou à falência’ , Homem mata mulher grávida para não pagar pensão

Marcione Souza de Oliveira, de 44 anos, se tornou réu na Justiça acusado de matar Jackeline Liliane dos Santos, de 28 anos, grávida de três meses. Segundo o Ministério Público do Paraná, o crime foi motivado pela recusa do réu em aceitar a paternidade e pelas consequências que isso traria, como pagamento de pensão e a perda de chances de reatar com a ex-esposa.

O corpo de Jackeline foi encontrado em uma trilha de difícil acesso, próxima ao Salto das Orquídeas, em Sapopema (PR), no dia 27 de abril. Inicialmente, Marcione afirmou à polícia que a vítima havia caído e batido a cabeça, mas laudos periciais indicaram marcas de violência incompatíveis com um acidente.

O MP denunciou Marcione por feminicídio qualificado, por motivo torpe e dissimulação, além de fraude processual, aborto e tentativa de aborto. Somadas, as penas podem chegar a 50 anos de prisão. O órgão também pediu a realização de exame de DNA para confirmar a paternidade do embrião e outro exame toxicológico para investigar se a vítima foi drogada em uma suposta tentativa de interromper a gestação semanas antes do crime.

De acordo com a promotoria, o réu premeditou a morte e teria escolhido o local da trilha propositalmente para simular um acidente. Testemunhas contaram que, durante o passeio em grupo, ele pediu para os amigos irem na frente, a fim de ficar a sós com Jackeline. Logo depois, a grávida foi encontrada morta.
A Justiça converteu a prisão em flagrante do empresário em preventiva. Em sua decisão, a juíza Taís Silva Teixeira afirmou haver “prova inequívoca de materialidade e indícios de autoria”, além de ressaltar que o crime teria sido premeditado. “O acusado insistiu em levar a vítima ao local onde poderia simular um acidente fatal”, destacou.

O delegado Angelo Dias, responsável pelo caso, afirmou que Marcione chegou a admitir estar preocupado com os custos da paternidade, afirmando que uma eventual pensão poderia “levá-lo à falência”. A ex-esposa dele também prestou depoimento e confirmou que estava separada informalmente do réu há dois anos, mas ele tentava reatar o relacionamento. Ao saber da possível gravidez de Jackeline, ela disse que não queria mais qualquer reconciliação.

A denúncia também inclui um pedido de indenização de R\$ 300 mil à família da vítima por danos materiais e morais. O advogado de defesa de Marcione, Silvano Cardoso Antunes, nega que tenha havido crime e insiste na versão de que tudo não passou de um acidente.

O caso gerou comoção no Paraná e acendeu o alerta para o crescente número de feminicídios ligados à recusa da paternidade e ao controle masculino sobre os corpos das mulheres.

F. FA NOTÍCIAS

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