segunda-feira, junho 09, 2025

Ambulâncias fazem fila no Hospital do Oeste em espera por vagas para pacientes

Nos últimos dias, longas filas de ambulâncias estacionadas em frente ao Hospital Geral do Oeste (HO), em Barreiras, no oeste da Bahia, têm chamado a atenção da população. Vídeos divulgados nas redes sociais na quinta-feira (5) mostram pelo menos seis veículos enfileirados à espera de atendimento. De acordo com moradores, em determinados momentos, a fila chegou a contar com dez ambulâncias, e a espera para internação ultrapassou 12 horas.

A situação crítica tem gerado preocupação e indignação na cidade. Para a advogada Maria Adail, que também atua como liderança na área da saúde em Barreiras, o problema está ligado à falta de vagas na UTI. “O hospital tem UTI, sim. O que não tem é vaga, em decorrência da demanda”, afirmou em entrevista à rádio Oeste FM.


Adail também criticou a recente visita do governador Jerônimo Rodrigues (PT) ao município. “Soube que o governador estava em Barreiras inaugurando o aeroporto. É importante para a economia, mas não adianta ter um aeroporto moderno se o povo não tem saúde para viver em paz. A doença não marca hora. É preciso que as autoridades entendam isso, especialmente o governador do Estado da Bahia”, destacou.

A visita do governador ocorreu na terça-feira (3), acompanhado da secretária nacional de Aviação Civil, Thairyne Oliveira, para discutir investimentos no setor aéreo. Na ocasião, foram assinadas ordens de serviço para obras no Aeroporto Regional de Barreiras, somando um investimento de R$ 63,4 milhões.

Superlotação e aumento de casos de SRAG
Em nota, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou que o aumento na demanda por atendimentos, impulsionado por casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), tem provocado atrasos acima da média na admissão de pacientes transportados por ambulâncias.


A organização responsável pela gestão do hospital, as Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), também confirmou o cenário de superlotação e disse que o HO é o único hospital de referência em alta complexidade da região, atendendo pacientes de 36 municípios.

As duas instituições afirmaram ainda que a unidade “permanece atendendo os pacientes em sua totalidade, mobilizando esforços para prestar uma assistência multiprofissional qualificada e humanizada”.
Apesar das justificativas, nem a Sesab nem a Osid informaram o tempo médio atual de espera para admissão dos pacientes nem detalharam quais medidas estão sendo tomadas para reduzir as filas e ampliar o número de vagas disponíveis.

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F.Recôncavo no Ar

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