De acordo com informações divulgadas pela polícia, houve intensa troca de tiros durante o cumprimento dos mandados. Quatro dos alvos morreram no confronto. Os nomes dos suspeitos não foram revelados oficialmente. Um quinto envolvido, também alvo de mandado de prisão, foi baleado na perna durante tentativa de fuga, invadiu uma residência e fez uma mulher refém. Após negociação com os agentes, ele se rendeu. A vítima foi atingida por um disparo, mas foi liberada ainda no local e encaminhada para uma unidade de saúde; seu estado de saúde, no entanto, permanece desconhecido até o momento.
Ainda segundo a Polícia Civil, os agentes apreenderam durante a operação uma granada, dois revólveres, uma espingarda, três pistolas com seletor de rajada, carregadores, munições, drogas, embalagens plásticas utilizadas para comercialização de entorpecentes e outros equipamentos usados no tráfico. Com a ação, foram desarticulados pontos estratégicos considerados centros de comando do grupo criminoso que atuava na região.
O local onde ocorreu a operação, a Aldeia Hippie de Arembepe, é conhecido historicamente como ponto de encontro de artistas, músicos e adeptos do movimento hippie desde os anos 1960. Ficou famoso internacionalmente após receber figuras como Mick Jagger, vocalista dos Rolling Stones, e Janis Joplin, lendária cantora norte-americana, nos anos 1970. A imagem de Jagger tocando bongô entre crianças locais, registrada durante sua visita em 1969, é um dos momentos mais icônicos do local.
Atualmente, cerca de 40 pessoas vivem na comunidade, em sua maioria artistas, artesãos, escritores e músicos independentes. A prefeitura de Camaçari reconhece oficialmente a aldeia como tendo 56 anos, embora não haja consenso sobre sua data exata de fundação. A ocupação policial na área tem gerado impacto tanto na comunidade quanto entre turistas e historiadores que veem na Aldeia Hippie um patrimônio cultural e simbólico da contracultura brasileira. As investigações seguem sob responsabilidade do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que busca elucidar os vínculos entre os suspeitos e a facção criminosa fluminense.
F. Blog do Marcelo
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