O motorista, um jovem de 24 anos, não teria visto a criança no momento do impacto. Em depoimento à Polícia Civil, ele afirmou que estava usando o veículo emprestado de um amigo, mas sem autorização formal. Segundo ele, o proprietário ligou durante o trajeto exigindo a devolução imediata do carro, o que o levou a acelerar na tentativa de devolvê-lo com urgência.
“Ele disse que estava com pressa e que, após sentir o impacto, teve medo de ser linchado pela população”, revelou o delegado Dr. Fabiano Aurich, titular da delegacia local. O condutor afirmou que viu apenas um adulto na pista, mas não notou a presença da criança até o momento da colisão. Mesmo após frear, optou por fugir do local, alegando pânico.
O acusado se apresentou à delegacia ainda na noite do acidente, acompanhado de seu advogado. Ele foi encaminhado ao Presídio Nilton Gonçalves, onde permanece à disposição da Justiça. O jovem responderá por dois crimes: homicídio culposo — já que não houve intenção de matar — e omissão de socorro, por não ter prestado auxílio à vítima após o atropelamento. A Polícia Civil segue com as investigações e pretende ouvir o proprietário do veículo nos próximos dias, para esclarecer eventuais responsabilidades sobre a liberação do carro. O caso reacende o debate sobre segurança viária em áreas residenciais e o comportamento de motoristas em situação de pressão. Enquanto isso, a comunidade local se mobiliza em homenagens ao pequeno Riquelmy, cuja partida prematura deixou uma marca profunda em quem o conheceu.
F. Blog do Marcelo
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