Segundo informações da Polícia Civil, Ramon de Jesus Guedes, companheiro de Laina Santana Costa Guedes, de 37 anos, foi preso suspeito de cometer o crime. Ele tentou fugir pela janela do imóvel, mas foi alcançado por vizinhos, que o entregaram para a polícia.
Após ser agredida, Laina Santana chegou a ser socorrida e levada para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.
Testemunhas contaram que ouviram discussões entre o casal há pelo menos uma semana. A filha mais velha de Laina e Ramon, uma adolescente de 12 anos, foi agredida pelo pai ao tentar defender a mãe.
A polícia informou que o suspeito recebeu atendimento no Hospital Menandro de Farias e foi encaminhado para a Delegacia Territorial (DT/Itinga), onde está à disposição da Justiça.
O sepultamento do corpo de Laina acontecerá às 14h desta quarta-feira (20), no Cemitério Bosque da Paz, em Salvador.
Cenário de pânico’
Gabriel Mota, um dos vizinhos do casal, contou para a TV Bahia, que invadiu o apartamento com um colega policial, para tentar impedir que Laina continuasse a ser agredida.
“Eu estava em casa, comecei a ouvir os gritos e minha primeira reação foi: ‘Vou ver o que é e se eu puder ajudar, vou’. Os vizinhos falavam: ‘Lá em cima, ele está batendo na mulher e tem criança’. Quando ouvi que tinha criança, não pensei em mais nada”, contou.
Segundo Gabriel, uma das meninas tentou abrir a porta do apartamento para que eles entrassem no imóvel, mas Ramon conseguiu fechar.
“Foi aí que o policial arrombou e elas [as meninas] correram. O policial conseguiu render ele no chão, mas um vizinho chegou eufórico, tentou bater nele e ele conseguiu escapar e foi para a varanda”, afirmou o vizinho.
Foi nesse instante que Ramon pulou a janela, mas foi impedido de fugir por outros moradores do condomínio.
Gabriel disse que ao entrar no apartamento, encontrou um “cenário terrível, com sangue para todos os lados”.
“As meninas estavam em pânico. Para mim, a heroína foi a menina mais velha, que controlava a irmã mais nova e tentava ligar para os familiares”, relatou.
Um outro vizinho do casal, também chamado Gabriel, filmou as agressões pela janela do apartamento dele.
“Eu nunca tinha presenciado uma situação dessa, mas quando vi o barulho do martelo sendo batido na cabeça dela e a filha gritando por socorro, para que chamassem a polícia. Bateu o desespero”.
“A única coisa que pensei foi: ‘Já que estou travado, vou pelo menos puxar o celular e gravar evidências claras. Consegui um vídeo que filmou bem ele dando um golpe na cabeça dela, para não ter como inventar outra história”, afirmou.
F. Jornal Zero 75
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