Segundo o secretário, a prefeitura recebe cerca de R$ 7.079.000,00 de repasses mensais. No entanto, a folha de pagamento da máquina pública chega a R$ 7.036.000,00, restando apenas R$ 43 mil de saldo para custear outras despesas.
A revelação chamou a atenção porque o quadro de funcionários da prefeitura ultrapassa a marca de 3 mil servidores, número considerado elevado, superando inclusive cidades vizinhas como São Felipe e Conceição do Almeida juntas.
Além da folha de pessoal, a gestão ainda precisa arcar com diversas obrigações mensais que comprometem ainda mais o orçamento:
Repasse para a Câmara de Vereadores: R$ 310.000,00
Parcelamento do galpão da Água Branca: R$ 126.000,00 (contrato de 108 parcelas iniciado na atual gestão)
Parcelamento da dívida com a Capaservis: estimado em R$ 128.000,00 (prazo de 20 anos, tendo como garantia o Estádio Municipal e o Ginásio de Esportes; dívidas acumuladas por várias gestões anteriores)
Despesas de água, luz, internet e gás: cerca de R$ 250.000,00 mensais
Gastos com combustível e transportes: aproximadamente R$ 450.000,00 mensais
Pagamento de férias de servidores, que incidem ao longo do ano
Com essa equação, a prefeitura se vê diante de um cenário extremamente delicado. “A situação é de folha inchada e compromete praticamente todos os recursos que chegam ao município”, destacou Juraci Pinto.
Diante disso, a atual gestão estuda medidas para enxugar a folha de pagamento, o que deve resultar em cortes e ajustes no quadro de servidores. A medida, embora considerada impopular, é vista como necessária para tentar equilibrar as contas e garantir o funcionamento da máquina pública.
A revelação dos números reforça o tamanho do desafio que a administração municipal terá pela frente, lidando não apenas com a manutenção dos serviços básicos, mas também com o peso de dívidas herdadas de gestões passadas.
Texto do Bahia 24h em parceria com o site Sapeaçu na Mídia
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