ERVA AFETIVA: Influenciadora suspeita de tráfico diz que é inocente e faz uso medicinal da maconha; veja nota

A defesa da influenciadora digital Melissa Said, suspeita de tráfico de drogas, se pronunciou publicamente pela primeira vez após a prisão da jovem, ocorrida na última quinta-feira (23). Em nota publicada no perfil oficial de Melissa nas redes sociais na manhã dessa segunda-feira (27), os advogados afirmam que ela é inocente, faz uso de maconha para fins medicinais e que confia na Justiça.

Melissa foi alvo da Operação Erva Afetiva, deflagrada pela Polícia Civil da Bahia na semana passada.

De acordo com as investigações, as publicações da influenciadora em defesa da maconha estariam ligadas a um suposto esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, que seria liderado por ela. Na quarta-feira (22), a polícia cumpriu mandados de prisão temporária e de busca e apreensão em Salvador, Lauro de Freitas e também nas cidades paulistas de São Paulo e Araçatuba.

Localizada na casa de uma amiga, no bairro de Itapuã, em Salvador, Melissa foi presa na quinta-feira (23). Segundo a polícia, ela estava escondida no imóvel. A Justiça converteu a prisão em temporária no sábado (25), durante audiência de custódia.

Em nota, assinada pelos advogados Rebecca Lima Santos, Caio Crusco de Tomim e Daniel Morimoto, a defesa afirma que as “acusações em desfavor dela não são verdadeiras e não condizem com sua realidade pessoal”. Os defensores dizem ainda que Melissa recebeu com surpresa a operação e ficou “incrédula com as acusações”.

Com mais de 380 mil seguidores, cerca de 60 mil a mais desde o início do caso , Melissa é conhecida por abordar temas relacionados ao uso da maconha. Segundo a defesa, o conteúdo publicado nas redes tem caráter informativo e humorístico, com o objetivo de “desmistificar os aspectos negativos elevados pelo preconceito”.

“A sua relação com a maconha se dá estritamente pelo uso pessoal e medicinal, com a devida prescrição médica. (…) Como figura pública, por meio de suas redes sociais, divulga conteúdo informativo e humorístico com intuito de desmistificar os aspectos negativos elevados pelo preconceito em relação à maconha, condutas que em nada se relacionam com o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro”, diz o trecho da nota.

Os advogados também pedem cautela à imprensa na divulgação de informações sobre o caso, citando “vazamentos ilegais de conteúdo sigiloso”.

“Condutas que desconsideram tais princípios têm potencial de causar e, no presente caso, já vêm causando danos irreversíveis à imagem e à dignidade de uma pessoa que sequer teve a oportunidade de exercer plenamente seu direito de defesa”, afirmam.

A defesa finaliza reforçando a confiança na Justiça e afirma que Melissa está à disposição para colaborar com as investigações e “esclarecer os fatos para que a verdade prevaleça”.

F.IB