O trabalhador Willian Santos de Oliveira, de 30 anos, morreu após ser atingido na cabeça por uma barra de ferro que caiu do 13º andar de um prédio em construção no Horto Florestal, bairro nobre de Salvador. A informação consta na Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), documento assinado por um médico ao qual a reportagem teve acesso.
Willian passou por duas cirurgias no Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos. De acordo com o documento, ele estava no pavimento do playground quando foi atingido por uma peça metálica que despencou da torre do empreendimento Poème Horto, da construtora Moura Dubeux. O acidente ocorreu por volta das 14h, cerca de seis horas depois de o operário chegar ao canteiro de obras.
A CAT, assinada pelo médico Wellinson Ribeiro da Silva, indica que Willian sofreu traumatismo intracraniano. O caso é investigado pela 6ª Delegacia Territorial (DT/Brotas) e também é acompanhado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).
Familiares afirmam que a vítima não recebeu atendimento adequado no momento do acidente.
“Willian foi tirado do local sem a presença do Samu. Soubemos que o técnico de segurança da obra sequer apareceu, e que ele foi socorrido pelos próprios colegas. A empresa não entrou em contato após o funeral e não deu assistência depois do sepultamento”, disse o tio do trabalhador, Jadson Oliveira, que informou que a família pretende ingressar com uma ação judicial contra a construtora.
Inicialmente, testemunhas informaram à polícia que Willian havia caído de uma altura de 30 metros — versão contestada pela família desde o início e que foi corrigida após a análise do documento médico.
Em nota, a Moura Dubeux lamentou a morte e afirmou que vem prestando assistência à família.
“Logo após o acidente, o colaborador foi levado imediatamente ao Hospital Geral do Estado, onde infelizmente veio a óbito. A empresa, junto ao condomínio, vem prestando toda a assistência necessária à família, incluindo auxílio velório, seguro de vida e transporte para amigos e familiares participarem da despedida”, informou a construtora.
A empresa acrescentou que a obra está paralisada e que permanece à disposição das autoridades.
“A Moura Dubeux reafirma seu compromisso com a segurança, a transparência e o respeito à vida, seguindo rigorosamente todas as normas legais e medidas de proteção coletiva e individual em seus projetos”, concluiu a nota.
F.IB As informações são do Correio.
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