sexta-feira, outubro 24, 2025

Sem cheiro e letal: os riscos do monóxido de carbono, que matou modelo e filha em casa


O laudo pericial divulgado pela polícia apontou que a modelo Lidiane Aline Lourenço, de 33 anos, morreu intoxicada por monóxido de carbono. Ela e a filha, Miana Sophya Santos, de 15 anos, foram encontradas mortas em 9 de outubro, em seu apartamento na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

O exame do IML não conseguiu determinar a causa da morte da adolescente devido ao estado avançado de decomposição, sendo o resultado inconclusivo, segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro. Ainda assim, a hipótese de acidente doméstico é reforçada pelo laudo.

Vizinho perceberam um cheiro estranho vindo do apartamento e acionaram o Corpo de Bombeiros, que encontrou mãe e filha em cômodos separados. Primeiras perícias apontaram irregularidades nas instalações de gás do imóvel, mas as investigações seguem sob responsabilidade da 16ª DP da Barra da Tijuca.

Assassino silencioso

O monóxido de carbono é incolor, inodoro e altamente tóxico, capaz de matar em minutos. É produzido pela queima incompleta de combustíveis, como gás, carvão, madeira e gasolina.

Ao ser inalado, o gás substitui o oxigênio no sangue, impedindo a respiração adequada, mesmo em locais ventilados. Pequenas exposições podem causar tontura, dor de cabeça e desmaios, enquanto doses prolongadas levam à morte, alerta a Fiocruz.

A intoxicação é especialmente perigosa porque seus sinais - náuseas, fraqueza e sonolência -, podem ser confundidos com mal-estar comum. Muitas vítimas não percebem o risco e permanecem em locais contaminados por mais tempo.

Aparelhos a gás, lareiras, aquecedores, churrasqueiras e motores ligados em ambientes fechados estão entre os maiores vilões do monóxido de carbono. O Procon-SP recomenda manutenção regular e ventilação adequada sempre que esses equipamentos forem usados.

Medidas de prevenção

Especialistas recomendam algumas medidas simples para tentar evitar casos similares. 

Garantir ventilação constante;

Não usar fogões ou churrasqueiras para aquecer a casa;

Desligar aparelhos a gás ao sair de casa.

Na Europa, sensores de monóxido de carbono são obrigatórios; no Brasil, ainda são pouco comuns. O Corpo de Bombeiros alerta que o monóxido de carbono está entre as principais causas de mortes acidentais em residências, principalmente durante o inverno. 



Correio 

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