A professora doutora da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e vice-coordenadora da Faculdade de Direito, Juliana Damasceno, foi alvo de ataques misóginos e xingamentos durante uma reunião extraordinária da Congregação da Faculdade de Direito da UFBA (FDUFBA), realizada no último dia 6 de outubro.
A reunião tratava da votação de uma consulta prévia para a escolha do novo diretor e vice-diretor da instituição. O autor das ofensas, segundo relatos, seria o presidente de um Centro Acadêmico.
Irmão da advogada, o ex-prefeito de Euclides da Cunha e pré-candidato a deputado estadual, Luciano Pinheiro, falou sobre o caso nesta quarta-feira (15/10), justamente no Dia dos Professores. Ele classificou o episódio como “um ataque covarde e inaceitável”, especialmente dentro de um ambiente acadêmico que deveria promover o respeito e o diálogo.
“Neste 15 de outubro, Dia dos Professores, é lamentável constatar que, mesmo em pleno século XXI, a violência de gênero ainda se manifesta nos mais diversos espaços, públicos e privados”, afirmou Pinheiro.
O político destacou que sua irmã é uma profissional respeitada e mãe dedicada, e que o caso revela como o machismo ainda persiste até mesmo em ambientes de alta formação intelectual.
“Minha irmã Juliana Damasceno, mãe, mulher, professora de uma universidade pública federal e pessoa honrada, foi alvo de um ataque misógino praticado por um aluno durante uma sessão da Congregação da Faculdade de Direito da UFBA. O episódio evidencia que a violência contra a mulher, infelizmente, independe de nível cultural, social ou acadêmico e ainda persiste onde menos se espera”, acrescentou.
Pinheiro reafirmou o compromisso de combater todas as formas de violência e discriminação de gênero, colocando-se ao lado das mulheres euclidenses e baianas.
“Reafirmo o meu compromisso pessoal e público, não apenas pelos laços de sangue que me unem à minha irmã, mas com todas as mulheres, de fazer dessa luta uma responsabilidade também masculina”, declarou.
Por fim, o ex-prefeito expressou confiança de que as autoridades da UFBA e os órgãos competentes adotarão as medidas cabíveis para garantir que o caso não fique impune. “Confiamos que as autoridades competentes, em respeito às leis e à dignidade humana, adotarão as medidas cabíveis para que esse ato não passe impune”, concluiu.
Até o momento, a UFBA não se manifestou oficialmente sobre o caso.
F.IB
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