Sueli Barbosa dos Santos, de 53 anos, morreu no último domingo (2), após 16 dias internada em decorrência das queimaduras sofridas em uma explosão no terminal de ônibus de Pirajá, em Salvador. Ela teve mais de 50% do corpo atingido pelas chamas.
Moradora de Pirajá, Sueli trabalhava como cuidadora de idosos e há pelo menos quatro anos cuidava de uma idosa acamada no bairro do Imbuí. Segundo a filha, Beatriz Reis, a mãe era dedicada à profissão e já havia atuado em um orfanato com crianças com necessidades especiais.
“Tudo que ela fazia era com muito amor, ela tinha muito amor pela profissão dela. Ela amava cuidar de pessoas”, disse Beatriz.
Sueli trabalhava dia sim, dia não, e saía de casa ainda de madrugada, por volta das 4h50, para iniciar o expediente às 9h. Hipertensa e diabética, ela costumava se alimentar em bancas de ambulantes ao longo do trajeto para manter os níveis de glicose estáveis.
No último dia 18, Sueli havia parado para pedir uma sopa em um carrinho de ambulante no terminal Pirajá quando um princípio de incêndio começou. Segundo testemunhas, a atendente teria tentado acender um fogareiro usando álcool, provocando a explosão. Sueli foi socorrida com queimaduras graves e levada para o Hospital Teresa de Lisieux, onde permaneceu internada até não resistir às complicações.
F.IB
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