O Informe Baiano apurou novos detalhes sobre o triplo homicídio de três operadores de internet, ocorrido na noite de terça-feira (17/12), no Alto do Cabrito, no Subúrbio Ferroviário de Salvador.
As vítimas foram identificadas como Ricardo Antônio da Silva Souza, de 44 anos, Jackson Santos Macedo, de 41, e Patrick Vinícius dos Santos Horta, de 28 anos. Eles trabalhavam para a empresa Planeta Internet e, segundo as investigações, foram assassinados por integrantes do Comando Vermelho (CV) após o proprietário da empresa se recusar a pagar “pedágio” exigido pela facção criminosa.
De acordo com a apuração do IB, o dono da empresa, que teria mais de 60 mil clientes em toda a Região Metropolitana de Salvador, foi alvo de extorsão.
Os criminosos sequestraram os três trabalhadores, os torturaram e realizaram chamadas de vídeo mostrando as agressões, exigindo o pagamento de R$ 10 mil para poupá-los.“Eles ligaram mostrando as agressões, mas o dono da empresa se recusou a pagar. Disse que não cederia à extorsão”, relatou uma fonte ao IB. Após a negativa, os operadores foram executados.
Ainda conforme apurado, não foi a primeira vez que a Planeta Internet teve problemas com o CV. Há alguns meses, traficantes da facção que atuam em Areia Branca, na Costa de Camaçari, impediram funcionários da empresa de trabalhar no bairro. Na ocasião, os criminosos exigiram R$ 10 por instalação, além de uma taxa fixa semanal. A proposta foi recusada e a empresa acabou expulsa da localidade.
Após esse episódio, segundo a fonte do IB, integrantes do CV teriam avisado que a Planeta Internet estaria proibida de operar em territórios dominados pela facção.
Um funcionário da empresa afirmou ao Informe Baiano que “nem conhecia um dos trabalhadores, porque tinha começado a trabalhar ontem. Ou seja, morreu no mesmo dia em que iniciou o serviço”, lamentou.
O trabalhador revelou ainda que ameaças já haviam sido feitas anteriormente na região.
“Teve um funcionário que se recusou a ir até lá porque disseram que a área era do CV e que já tinham feito ameaças”, concluiu.
O caso segue sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
F.IB

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