O próprio grupo de Neto atribui parte decisiva da derrota em 2022 à falta de um nome nacional competitivo que pudesse impulsionar sua candidatura. Naquele ano, Jerônimo surrou nas urnas apoiado por Lula, que mantém cerca de 70% dos votos na Bahia. A repetição desse cenário em 2026, agora com Flávio Bolsonaro como antagonista de Lula, preocupa profundamente os estrategistas ligados ao ex-prefeito de Salvador.
ACM Neto tem resistido à ideia de apoiar o clã Bolsonaro. A avaliação interna é de que o senador e sua família carregam rejeição enorme no Nordeste, especialmente na Bahia, o que poderia contaminar qualquer projeto estadual. O cálculo político indica que uma aliança desse tipo tiraria mais votos do que agregaria, ampliando a desvantagem diante de Jerônimo.
Sem Tarcísio de Freitas para puxar o palanque e com Flávio Bolsonaro espantando setores do eleitorado baiano, a equação eleitoral de Neto se torna ainda mais desfavorável. Nos bastidores, já se discute a possibilidade real de adiamento de seu projeto estadual, caso não surja uma alternativa nacional capaz de equilibrar o jogo contra a força de Lula na Bahia.
F. Política ao vivo
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