terça-feira, maio 21, 2024

Mãe e filha que pediam dinheiro alegando câncer terminal já são investigadas pela polícia desde 2023; entenda

Já faz tempo que Drielle Menezes Sena e Ana Paula Menezes Sena são alvo de investigação no Ministério Público e na Polícia Civil da Bahia, por causa dos supostos golpes aplicados por elas. O BNews teve acesso, com exclusividade, a um inquérito que foi remetido à Justiça em fevereiro deste ano, mas que já vinha sendo trabalhado desde 2023 pela polícia judiciária, onde mãe e filha teriam enganado até uma médica com a história do câncer em fase terminal.

Tudo começou com denúncias feitas diretamente ao Ministério Público que, por sua vez, acionou a Polícia Civil para dar início às investigações, em abril do ano passado. Uma médica, que recebeu o perfil de Drielle nas redes sociais, chegou a desconfiar, mas acabou se emocionando com a situação exposta e deixou um pouco a razão de lado, passando a oferecer suporte a jovem em demandas médicas, como solicitação de exame e análise de laudos.
Mas o tempo passou e as desconfianças voltaram a aparecer: “Passei a me questionar porquê ela era sempre avaliada e medicada em UPAs e nunca em centros de tratamento oncológico”, refletiu a profissional de saúde, que relatou tudo isso em seu depoimento à 9ª Delegacia Territorial (9ª DT/ Boca do Rio).
Entretanto, o que fez a médica confrontá-las, foi um pedido: “Ana Paula me pediu para fazer uma solicitação de tomografia dos rins com contraste para Drielle, e eu perguntei porquê o médico que a atendeu não fez a solicitação, inclusive por se tratar de uma paciente oncológica, com quadro renal infeccioso arrastado, portanto, exigindo cuidados para este exame”. Foi a partir daí que Ana Paula teria desconversado e parado de responder as mensagens.

Com a desconfiança, a profissional de saúde fez uma breve análise. “Fui aos arquivos das conversas de whatsapp e, junto com meu marido, notei que as outras requisições de exames e receitas de remédios eram sempre feitas por médicos de diversas especialidades não oncológicas, ou seja, para arrecadar dinheiro elas comoviam outros médicos, que disponibilizavam receitas e solicitações que elas usavam para pedir dinheiro nas redes sociais, com documentos validados por médicos que se colocam a disposição para ajudar”, analisou.

Em uma diligência em um condomínio no bairro de Jardim Nova Esperança, local apontado como residência das acusadas, os policiais descobriram que elas já não estavam por e haviam se mudado há três meses e deixando o imóvel com fama de caloteiras.
Sem êxito em localizar mãe e filha, a delegada fechou o inquérito com todas as informações obtidas, porém, sem solicitar o indiciamento, deixando a cargo do poder judiciário colocar ou não elas como réu por estelionato e outros crimes, bem como por solicitar a prisão.

O BNews entrou em contato com a Polícia Civil para entender o motivo pelo qual o inquérito foi remetido sem representar pela prisão de mãe e filha, mas, até o momento, não recebeu resposta. O espaço segue aberto para qualquer manifestação.

Novas denúncias
Sobre as novas denúncias de supostos crimes cometidos por Ana Paula e Drielle, que vieram a público nesta semana, a Polícia Civil afirmou, em nota, que "a 23ª Delegacia Territorial (DT/Lauro de Freitas) investiga uma ocorrência de estelionato onde três vítimas denunciaram que duas mulheres negociaram a venda de produtos importados a baixo custo e não entregaram as mercadorias. O montante depositado pela vítimas via PIX é estimado em R$230 mil. As suspeitas, que são mãe e filha, já foram identificadas. Diligências estão sendo realizadas para esclarecer as circunstâncias do crime".

Fonte Bnews 

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