terça-feira, agosto 13, 2024

MATOU A NOIVA POR DINHEIRO? Cobrança de empréstimo pode ter sido a causa do assassinato da delegada Patrícia

A Polícia Civil trabalha com a hipótese do assassinato da delegada Patrícia Neves Jackes Aires ter sido motivado por uma dívida. Um empréstimo de R$ 40 mil pode ter sido a causa do crime. O ex-companheiro de Patrícia, Tancredo Neves Feliciano de Arruda, havia recebido o valor para regularizar seu registro profissional junto ao Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb).

O homicídio, confessado por Tancredo, ocorreu no domingo (11). O corpo da delegada foi encontrado no interior de um automóvel, no município de São Sebastião do Passé. As investigações sugerem que Patrícia estava cobrando o pagamento desse empréstimo e isso pode ter desencadeado o feminicídio.

Em entrevista coletiva nesta terça-feira (13), a delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, explicou que, além dessa questão financeira, o suspeito tem um histórico de ações violentas, sobretudo contra mulheres.

“Ele tinha uma relação conturbada e já tinha sido preso em maio deste ano, porque tinha agredido fisicamente ela [Patricia Neves], inclusive quebrado um dedo. Ele foi liberado no dia seguinte (…). Então de fato, eles tinham uma relação que era conflituosa”, explicou Heloísa Brito.

Sobre a dívida, a delegada geral disse que Patrícia “teria feito um empréstimo a ele [Tancredo] de um valor financeiro e teria cobrado essa quantia. Nós estamos investigando isso. Seria uma alegação de que ele havia usado esse dinheiro para revalidar o diploma dele, que teria sido feito fora do Brasil. Essa é uma linha de investigação que nós ainda estamos aferindo”.

E acrescentou. “Essa questão financeira precisa ser mais esclarecida, mas de fato ele era uma pessoa violenta com ela. Não dá para dizer exatamente o que ensejou isso, até porque para uma pessoa violenta, poucas coisas – ou aquilo que foge a normalidade – podem ser o estopim”.

Versão frágil
Antes da polícia apontar o ex-noivo de Patrícia como suspeito, ele alegou que a delegada teria sido morta por supostos bandidos que sequestram o casal. No primeiro depoimento, Tancredo afirmou que três homens em uma moto teriam feito o sequestro.

“Quando ele começou a falar, já comecei a achar estranho. Coloquei o telefone no viva-voz e comecei a gravar do meu aparelho a conversa que nós tínhamos (…). Quando a gente foi analisando, eu e o escrivão, foi chamando a atenção de que realmente a história não estava batendo”, disse o delegado do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), Arthur Gallas.
F. Alô juca 

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