EXCLUSIVO: Alô Juca tem acesso a mensagens de Bia com DL; primo também pode ter relação com crime

A Polícia Civil de Feira de Santana segue à procura do traficante Deivide, conhecido como DL, acusado de ser o responsável pelo assassinato de Pâmela Beatriz, de 14 anos, encontrada morta em um matagal na cidade, a cerca de 120km de Salvador. A jovem, que era chamada carinhosamente de “Bia”, foi vista pela última vez após um encontro marcado com DL, que, segundo a família da vítima, teria atraído a adolescente com falsas promessas.

Momentos após o desaparecimento de Bia, uma foto começou a circular nas redes sociais, mostrando a garota sendo segurada pelo cabelo. A imagem causou um grande impacto entre os moradores, levantando suspeitas sobre o envolvimento do traficante DL no crime. A adolescente foi encontrada sem vida dias depois, em um matagal no bairro Aviário.

Mensagens Entre Bia e DL

A reportagem do Alô Juca teve acesso exclusivo a uma troca de mensagens entre Pâmela Beatriz e o traficante DL. Através do Instagram, a jovem conversa com um perfil identificado como “Chefinho”, que utiliza a foto de DL. Nas conversas, ele pede que Bia vá até o bairro Aviário, mas a adolescente expressa medo de ser capturada por traficantes. DL, por sua vez, informa que não pode se encontrar com ela em outro local, e os dois acabam decidindo marcar o encontro no Eco Parque 2. Em um dos trechos da conversa, DL ainda chega a pedir um carregador de celular, um detalhe que pode ter sido parte de um plano para atrair e executar a jovem.

Vínculo com o Tráfico de Drogas

Segundo informações da família de Bia, a adolescente teve um breve envolvimento amoroso com um traficante do Bonde do Maluco, facção criminosa rival ao Comando Vermelho. Bia conheceu Deivide, o traficante DL, através do primo, Marcelo Santana, também ligado ao Comando Vermelho e responsável por pontos de tráfico de drogas em Feira de Santana, incluindo o bairro Aviário, onde o corpo de Bia foi encontrado.

Embora tenha se relacionado com traficantes e posado para fotos fazendo gestos associados a facções criminosas, a família de Bia garante que a adolescente não estava envolvida diretamente no tráfico de drogas. A jovem, segundo eles, era conhecida como “romântica”, um termo usado no submundo do crime para descrever pessoas que simpatizam com facções criminosas, mas não participam ativamente de atividades ilícitas, como vender drogas ou portar armas.

A Trágica Morte de Bia

O envolvimento de Bia com o tráfico, embora indireto, parece ter sido um fator determinante para a morte. A jovem, que se tornou conhecida na cidade pelo relacionamento com traficantes, acabou sendo atraída para um encontro que, segundo as investigações, tinha como objetivo final a execução. A troca de mensagens entre ela e DL, agora disponível para a polícia, mostra como a adolescente foi manipulada e, possivelmente, enganada até o último momento de vida.

Dias antes do assassinato, Pâmela Beatriz foi violentada por traficantes, incluindo o próprio primo, Marcelo Santana. A família não chegou a dar queixa em delegacia. Detalhes obtidos com exclusividade revelam que a menina foi atraída para uma casa onde foi agredida por mulheres e abusada sexualmente pelo próprio primo.

De acordo com a polícia, a morte de Pâmela Beatriz é um reflexo das duras realidades que muitos jovens enfrentam nas periferias de cidades como Feira de Santana. Ao mesmo tempo, o caso expõe o poder de manipulação e controle que o tráfico de drogas exerce sobre aqueles que, mesmo sem se envolver diretamente no crime, acabam sendo atraídos pelas dinâmicas.

Enquanto a polícia continua as investigações em busca de DL, a família de Pâmela Beatriz faz um apelo por justiça. A morte da jovem deixou a comunidade de Feira de Santana em choque, e muitos questionam o papel das facções criminosas na vida de crianças e adolescentes, que muitas vezes se veem envolvidas, direta ou indiretamente, com o tráfico de drogas.

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F. Alo Juca