Uma mulher de 27 anos foi brutalmente assassinada na tarde desta segunda-feira (24) no conjunto habitacional Cidade do Povo, em Rio Branco, vítima de um linchamento motivado por uma falsa acusação. Yara Paulino da Silva foi espancada até a morte após boatos de que havia matado e enterrado sua filha, uma bebê de apenas dois meses. No entanto, uma perícia do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que os ossos encontrados próximos à sua casa pertenciam a um cachorro, desmentindo a acusação.Inicialmente, acreditou-se que o crime havia sido cometido por moradores revoltados com a suposta morte da criança. Contudo, a polícia descobriu que o assassinato foi planejado e executado por integrantes da facção Bonde dos 13, que controla a região. Segundo o delegado Leonardo Ribeiro, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), os criminosos realizaram um “tribunal do crime” dentro da casa da vítima antes de executá-la em via pública.
Fuga e execução
Testemunhas relataram que Yara tentou fugir após ser interrogada pelos faccionados, mas foi alcançada e morta a golpes na rua. “A gente já tem alguns suspeitos”, afirmou Ribeiro em coletiva de imprensa nesta terça-feira (25). Além da bebê desaparecida, Yara deixa outros dois filhos, de 2 e 10 anos, que foram encaminhados para a casa de uma tia. O caso expõe a violência de facções que agem como “justiçadores” em comunidades vulneráveis, além dos perigos da disseminação de notícias falsas. A polícia segue investigando o desaparecimento da criança e busca os responsáveis pelo linchamento.
F. Blog do Marcelo
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