Garota de 17 anos morre após comer “bolo de pote” envenenado, enviado de presente. Outra garota confessou o crime

Em meio a um clima de profunda tristeza e perplexidade, familiares e amigos enterraram na terça-feira (3) Ana Luiza de Oliveira Neves, jovem de 17 anos que morreu após ingerir um bolo recebido de forma anônima na casa onde morava. O pai da jovem, Silvio Ferreira das Neves, emocionado durante o velório, fez um desabafo comovente sobre a perda precoce da filha.

“É muito difícil pra mim… Perdi o amor da minha vida. Minha filha fez 17 anos na semana passada e não tem nem palavras para dizer o que eu estou sentindo. É difícil demais. Só Deus pra me dar força, porque a minha filha não merecia isso…”, afirmou ele, que é pai de outras duas filhas. Segundo apurado pelo Blog do Marcelo, a família suspeita que o bolo tenha sido adulterado. O pai disse ter começado a desconfiar quando perguntou à irmã de Ana Luiza o que ela havia comido. Foi então que soube que o doce chegara sem remetente, entregue por um motoboy desconhecido. “Confio muito na investigação da polícia e entrego na mão de Deus. Minha filha de volta nada vai trazer. Mas, se alguma família receber essas encomendas, algum tipo de doce em casa, pelo amor de Deus, não pega. Porque tem muita gente fazendo maldade no mundo”, alertou.

A jovem foi sepultada no Cemitério Municipal Recanto do Silêncio, no Centro de Itapecerica da Serra, cercada de muita comoção. A Polícia Civil informou que identificou uma outra garota como responsável pelo envio do bolo. Ela prestou depoimento e confessou a autoria do crime. A polícia solicitou a apreensão da jovem, cuja defesa ainda não foi localizada. De acordo com as investigações, a causa aparente da morte foi intoxicação alimentar, mas apenas o laudo toxicológico confirmará qual substância estava presente no alimento. Ainda segundo a polícia, a suspeita também admitiu ter enviado um bolo envenenado para outra pessoa, que quase perdeu a vida. O caso foi inicialmente registrado como morte suspeita. Um amigo da família registrou o boletim de ocorrência, já que os pais de Ana Luiza estavam abalados demais para comparecer à delegacia.

Conforme o documento, a irmã da vítima recebeu o embrulho por volta das 17h do sábado (31). Ana Luiza comeu o bolo cerca de uma hora depois e, pouco tempo depois, começou a passar mal. Levada ao hospital, teve alta, mas voltou a apresentar sintomas graves no domingo e foi novamente internada. Chegou à unidade médica sem sinais vitais e não resistiu. A proprietária da loja onde o bolo foi comprado afirmou nas redes sociais que o produto saiu da loja física, mas que a entrega não foi realizada por nenhum funcionário ou parceiro oficial da empresa. “O produto saiu da loja e não sabemos o caminho que ele percorreu. A entrega foi feita por um motoboy de aplicativo que não tem vínculo com a nossa loja”, explicou.

F. Blog do Marcelo