Um homem de 38 anos, apontado pelo Ministério Público Federal como integrante de uma organização criminosa responsável por enviar ao menos oito toneladas de cocaína para portos brasileiros com destino à Europa, foi preso pela Polícia Civil da Bahia nesta segunda-feira (1º), no bairro de Buraquinho, em Lauro de Freitas.
Segundo as investigações, o suspeito tinha função estratégica na logística do grupo, que operava em estruturas portuárias da Bahia, São Paulo, Ceará, Pará e, principalmente, Rio Grande do Norte. Ele estava escondido em uma mansão em uma área de alto padrão do município.
A captura foi possível após o compartilhamento de informações de uma operação da Polícia Federal deflagrada no Rio Grande do Norte, que resultou na denúncia de 54 pessoas envolvidas no esquema internacional. O grupo movimentava grandes quantidades de cocaína inseridas em contêineres com cargas lícitas ou enviadas diretamente para navios.
As apurações do MPF e da Polícia Federal apontam que a organização criminosa era dividida em núcleos responsáveis pela logística, inserção da droga em cargas lícitas, transporte, financiamento e articulação internacional. As remessas eram distribuídas por portos como Natal, Santos, Salvador, Fortaleza e Belém.
Na Bahia, o trabalho de inteligência para localizar o investigado foi conduzido pelo Departamento Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), por meio da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes de Itabuna (DTE/Itabuna). Equipes foram deslocadas para cumprir o mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte. O suspeito foi apresentado, passou pelos procedimentos legais e segue custodiado, aguardando transferência para unidade prisional adequada.
Apreensões
Desde 2021, o esquema foi alvo de diversas operações no Brasil e na Europa, que resultaram na apreensão de mais de oito toneladas de cocaína. As interceptações ocorreram em portos como Natal, Mucuripe, Barcarena, Santos, Salvador e Belém, além de cargas encontradas às margens do Rio Potengi e em depósitos ligados ao grupo. As ações revelaram sucessivas remessas de grande porte, consolidando o volume total apreendido nos últimos anos.
F.IB

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