Sérgio Henrique Lima dos Santos, 19 anos, foi preso novamente após a Polícia Civil concluir as investigações sobre a morte da jovem trans Rhianna Alves, 18, ocorrida no último sábado (6), em Luís Eduardo Magalhães, no Oeste da Bahia. O mandado de prisão preventiva foi cumprido nesta quarta-feira (10/12), na cidade de Serrinha.
O caso ganhou repercussão porque, no dia do crime, Sérgio procurou a delegacia, assumiu a autoria e alegou que tinha agido para se defender. Apesar da confissão, ele acabou sendo liberado naquele momento, o que gerou fortes críticas de movimentos sociais e da deputada Érika Hilton.
Segundo o delegado Leonardo Mendes Júnior, responsável pela investigação na região de Barreiras, a prisão só pôde ser solicitada agora porque a equipe esperou reunir elementos suficientes para retirar o acusado do convívio social. Ele explicou que o objetivo foi apresentar à Justiça um inquérito completo e sem falhas.
No depoimento, o suspeito contou que contratou Rhianna para um programa e que os dois discutiram enquanto ele a levava de volta para casa. De acordo com o relato, a jovem teria dito que iria expor o encontro. Sérgio disse que, assustado, acreditou que ela poderia buscar algo na bolsa e, por isso, reagiu com uma cotovelada antes de aplicar o golpe “mata-leão”. A vítima morreu por estrangulamento dentro do veículo.
Após ver que Rhianna havia desmaiado, ele afirmou que tentou reanimá-la, mas não conseguiu.
A polícia informou que a apresentação espontânea e a confissão permitiram que ele respondesse em liberdade inicialmente, como prevê a legislação. Com o inquérito concluído e novas provas reunidas, a Justiça autorizou a prisão.
Sérgio passou por exame de corpo de delito no Departamento de Polícia Técnica e permanece custodiado, à disposição do Judiciário.
F.IB

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