segunda-feira, janeiro 22, 2024

Luto e prefeito não cancela evento ‘Madre Verão’

O prefeito Dailton Filho (PSB) decretou luto de três dias após a tragédia que resultou em pelo menos seis mortes, em Madre de Deus. Uma criança de 7 de anos e um homem conhecido como Vandinho continuam desaparecidos, na Baía de Todos os Santos.
Nas redes sociais, moradores exigem do gestor o cancelamento do evento ‘Madre Verão’, que acontece aos finais de semana. O município vizinho, Candeias, cancelou a tradicional Festa de São Gonçalo, que é realizada em uma comunidade perto do local da tragédia, em respeito às vítimas.

“Ainda haverá festa no próximo final de semana?”, questionou um morador.

“Sexta-feira Madre Verão lotado comemorando o luto”, ironizou um cidadão.

Outro homem também reclama: “Me diz que vocês vão ter empatia e solidariedade ao próximo e cancelar os últimos dias de festa não é?? Pelo menos postergar acho que é o mínimo”.

“Luto não basta, uma prefeitura de milhões, que não fiscaliza as embarcações num período de festa! Lamentável tantas pessoas precisam atravessar para voltar pra casa nos dois sentidos todos os dias. Ministério Público, cade vcs e os bons políticos calados? que vergonha!”, desabafou uma mulher.

O acidente aconteceu após uma lancha que estava superlotada virar por causa de uma briga. A responsabilidade por fiscalizar o controle e a quantidade de pessoas no embarque e desembarque das embarcações é da prefeitura de Madre de Deus, conforme nota divulgada pela Agerba.

Prefeitura ignorou riscos e não informou Marinha

O comandante da Capitânia dos Portos da Bahia, capitão de Mar e Guerra Wellington Lemos Gagno reforçou em conversa com o Informe Baiano, após a coletiva de imprensa, nesta segunda-feira (22/01), que a Marinha do Brasil não foi informada sobre o Madre Verão, que reuniu milhares de pessoas na Ilha Maria Guarda, em Madre de Deus. Só é possível chegar até a ilha pelo mar, o que causou grande movimentação na região.

Sem saber da festa, a instituição militar não reforçou a fiscalização e com isso muitas embarcações navegaram de forma irregular e acima da capacidade. Foi o caso do barco de nome “Gostosão FF”, que virou com mais de 25 pessoas e resultou em pelo menos seis mortes. A embarcação tinha capacidade para apenas 11 pessoas.
IB 

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