domingo, outubro 29, 2017

Saiba como identificar se seu filho sofre ou comete bullying e o que fazer para ajudá-lo



O bullying voltou a ser um assunto debatido pelos brasileiros depois que um adolescente armado, de 14 anos, matou dois colegas de classe e feriu outros quatro, dentro da escola em que estudava em Goiânia (GO). Segundo a polícia, o atirador sofria bullying de um colega. A prática é marcada por violência verbal e física continuada, como explica Alcione Marques, psicopedagoga clinica e escolar na Unidade Integrativa Santa Mônica.
— Esta é uma ação de intimidação ou humilhação praticada por uma ou mais pessoas é que é dirigida a um indivíduo ou a um grupo. Normalmente alguém física, psicologicamente mais forte ou socialmente mais proeminente faz a ameaça, menospreza ou agride a vítima.
Visto por muitos apenas como brincadeiras de mau gosto, o bullying pode causar problemas sérios à saúde mental de quem o sofre, podendo desencadear até o suicídio.
— As consequências são bastante duras, podendo causar depressão e em alguns casos até levar ao suicídio. As sequelas podem durar a vida toda, interferindo na maneira como a pessoa vai passar a se relacionar com as outras. Mas o trauma pode ser superado — diz a educadora Andrea Ramal.
As ações que eram muitas vezes restritas ao ambiente escolar ganharam uma amplitude maior com o surgimento das mídias sociais. Agora, as vítimas podem ser atacadas virtualmente a qualquer hora e em qualquer lugar.
— As redes sociais podem potencializar, desencadeando o bullying virtual, com o risco da viralização e assim trazer efeitos ainda mais danosos para a vitima, que fica exposta de todas as formas — afirma a psicanalista Rita Martins.
Como identificar
Se seu filho está sofrendo bullying
Mudança de comportamento
De uma hora para a outra a criança muda seu comportamento, sem nenhum motivo aparente. Ela pode ficar mais mais agressiva, mais calada ou mais triste, por exemplo
Resistência em ir a escola
É normal que a criança ou o adolescente demonstre falta de vontade de ir a escola. Mas se isso se tornar excessivo, pode ser um sinal de que há algo de errado acontecendo
Queda repentina no rendimento
Os problemas psicológicos desenvolvidos por conta do bullying podem influenciar negativamente no rendimento escolar das crianças e dos adolescentes
Machucados pelo corpo
Agressões físicas continuas podem ser um sinal de que a criança ou o adolescente está sofrendo bullying
Outros sinais físicos
Emagrecer, ter dificuldades para dormir e sentir dores (criadas ou mesmo reais, já que doenças psicossomáticas podem aparecer em razão da vitimização no bullying) são apontados por especialistas como possíveis sinais de que a criança ou o adolescente está passando por problemas
Materiais escolares danificados
Cadernos com folhas rasgadas, mochila rabiscada, lápis quebrados e outros materiais didáticos danificados podem ser indícios que a criança ou o adolescente está passando por problemas na escola
Se seu filho está praticando bullying
Ego inflado
Crianças e adolescentes que se acham superiores aos seus colegas têm mais chance de praticar bullying com os outros
Falta de empatia
Demonstrar falta de empatia com o sofrimento ou as diferenças dos outros pode ser um dos indícios que a criança ou adolescente está praticando bullying
Ter sido vítima de bullying
Pode acontecer de crianças ou adolescentes que já foram vítimas de bullying "passarem para frente" as agressões que sofreram
Ser "mandão"
Nem sempre ter um temperamento forte é sinônimo de liderança, quem pratica bullying usa estratégias coercitivas para dominar e controlar seus pares
O que fazer para ajudar seu filho
É comum que quem sofra bullying não fale para ninguém sobre a situação por sentir vergonha. Por conta disso é muito importante que os pais e a escola fiquem atentos aos sinais dados pelas crianças e adolescentes, para agir o quanto antes.
— É importante que os pais mantenham uma comunicação aberta com os filhos. Ao suspeitar do bullying, é preciso acolhê-lo e incentiva-lo a dizer o que está acontecendo. Se o bullying ocorre no espaço escolar é responsabilidade da escola tomar as providências em relação ao agressor. Se o filho apresentar sintomas intensos de ansiedade, comportamento depressivo ou isolamento mesmo após a situação ter sido resolvida, a busca de um psicoterapeuta pode ser indicada — indica Alcione.
Extra 

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