Um filho é suspeito de planejar e executar o assassinato de sua mãe e padrasto, em Santa Catarina, na madrugada do dia 23 de novembro de 2024. O crime, ocorrido com a ajuda do cunhado do suspeito, foi premeditado e envolveu asfixia, roubo de pertences e simulação de latrocínio.
De acordo com a polícia, Walter, filho e enteado do casal, foi responsável por planejar e executar a morte de Susimara e Pedro Ramiro. As investigações apontam para a participação do cunhado de Walter, irmão da namorada, que teria recebido uma promessa de recompensa financeira no valor de R$ 10 mil.
O planejamento do crime começou uma semana antes da execução, com Walter Gonçalves, filho e enteado das vítimas, encontrando-se com seu cunhado diversas vezes.
As investigações apuraram que Walter foi até o comparsa por cerca de três vezes, para conversar e planejar o crime. Os dois discutiam o plano próximo a um matagal perto da rua da casa da família, causando estranheza a vizinhos. No relatório produzido pela Polícia Civil, os suspeitos discutiam os detalhes do plano que resultaria na morte de Pedro Ramiro e Susimara.
Casal foi abordado ao chegar em casa após jantar e karaokê
No dia do crime, Walter e o cunhado esperaram as vítimas retornarem do jantar e karaokê. O filho e enteado chegou a enviar mensagem para a mãe perguntando sobre o horário de chegada na residência no dia do crime.
Quando Pedro e Susimara chegaram em casa, foram abordados pelos suspeitos. Walter atacou o padrasto e o cunhado a mãe. Contrariando a versão de Walter, o laudo cadavérico constatou que a causa da morte de ambos foi asfixia devido à obstrução das vias aéreas superiores, e não estrangulamento pelo golpe mata-leão.
Após o crime, os suspeitos colocaram panos na boca das vítimas e amarraram o padrasto para simular um latrocínio, roubando carteiras, celulares e alianças. Os celulares foram descartados na rua por Walter e cunhado ficou com as alianças. Os suspeitos reviraram o quarto das vítimas para simular um roubo.
Apesar de Walter afirmar que a intenção inicial era matar apenas o padrasto, a polícia encontrou contradições no depoimento. De acordo com os investigadores, o crime tem motivação financeira. Walter queria herdar os bens em nome do padrasto.
Em entrevista para CNN, o delegado da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Itajaí (SC), Roney Gonçalves Alves, disse que essa versão se torna contraditória, uma vez que se o objetivo era ficar com a herança do padrasto, a genitora seria um empecilho para Walter, sendo ela a beneficiária direta do espólio do padrasto.
Outro lado
Walter Gonçalves foi preso temporariamente em 1º de dezembro. Porém, no dia 17 de janeiro, teve a prisão convertida para preventiva. Posteriormente, a decisão foi acatada pela Justiça em 21 de janeiro.
Em nota, a advogada Flávia Adalgisa dos Santos Vaz, que faz a defesa do filho do casal assassinado, informou que ele está colaborando de forma proativa e segue comprometido em esclarecer os fatos de maneira transparente.
Fonte: CNN Brasil
